Na história

Diogo Reis coloca o nome entre os campeões do maior evento de luta agarrada do mundo

Amazonense Diogo Reis foi ouro no ADCC. Amazonense estreou no maior evento de grappling do mundo lutando na categoria até 66kg e falou do processo para a conquista

Camila Leonel
camilaleonel@acritica.com
24/09/2022 às 09:22.
Atualizado em 24/09/2022 às 09:24

Baby Shark venceu o ADCC na primeira participação dele no evento que aconteceu em Las Vegas (Divulgação)

entrou, há uma semana, para a seleta galeria de campeões composta por nomes como Xande Ribeiro, Ronaldo Jacaré, Fabrício Werdum e Royler Gracie. Para fazer parte da lista de nomes dos ‘grandes tubarões’ das lutas, o amazonense precisou sair da zona de conforto e atravessar mares até então desconhecidos para ele. 

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 A edição de 2022 foi a primeira de Diogo. Ele competiu na categoria até 66kg e passou por Ashley Williams, Fabrício Andrey e Joshua Cisneros. Na final, ele enfrentou o compatriota Gabriel Sousa e venceu por 3 a 0.

Em um duelo intenso e aberto, os dois lutadores buscaram encaixar golpes até que no final Diogo pegou as costas do adversário e encaixou um gancho. Após pontuar, ele administrou a luta até o final para se consagrar campeão. 

“A emoção foi muito grande porque agora meu nome tá na história do esporte. Mas isso não seria possível sem uma equipe por trás comandando tudo”, explicou o lutador via Whatsapp enquanto retornava para o Brasil.

 O processo iniciaram treinamentos sem quimono.  Viemos passo a passo estudando o que era preciso para ganhar essa competição. Zeramos o quimono e só focamos em treinar sem quimono. E a preparação foi super intensa com três sessões por dia de treino, estudo, fisioterapia, psicológico esportivo, preparação física e nutrição, médico…. tudo sendo alinhado para que a preparação fosse a melhor possível para chegar no mais alto nível e conseguir o resultado”, explicou.

Diogo ao lado do técnico de Wrestling, Anderson Alves, que foi o responsável pelo treinamento de luta olímpica durante a preparação para o ADCC (Arquivo Pessoal)

  . Esta parte da preparação foi feita com o técnico Anderson Alves, da academia Amazonas Clube da Luta (ACL). 

“Para os eventos NO GI (sem quimono) o wrestling tá sendo o divisor de águas. Principalmente nos eventos organizados por americanos, ou nos EUA. Como o wrestling é comum lá eles usam regras que favorece quem tem como característica o wrestling mesmo o evento sendo de grappling (lutas agarradas). O professor Melqui me convidou para participar do projeto, e desde de lá, trabalhamos diariamente com planejamento e estratégia focando nos eventos com essas características”, disse o professor que se disse satisfeito com os resultados.

 “O ADCC é a Copa do Mundo das lutas agarradas e conseguir colocar três manauaras que fizeram toda a preparação em Manaus com os profissionais de Manaus isso é um feito incrível do meu ponto de vista. Todos os três estavam preparados para serem campeões, infelizmente não deu. Mas isso é questão de tempo”, disse Anderson.  . Disputando pelo estilo greco-romano, ele ficou em 3ª na categoria até 67 kg e em 7º no estilo livre até 65kg). Pronto para lutar . “A preparação foi muito boa, então mentalmente eu estava muito bem porque sabia que já tinha passado por todas as situações e a cada luta que eu fazia, eu via as lutas dos meus adversários e analisava suas fraquezas . Durante as minhas lutas só ia nos erros deles e evitava os pontos fortes”, explica o lutador.

Diogo Reis ao lado do técnico, Melqui Galvão, mostra a medalha conquistada (Divulgação)

  A vaga para o ADCC foi garantida em fevereiro deste ano ao vencer a seletiva brasileira. A final foi contra  Diego Pato e o amazonense levou a melhor após decisão dos juízes. A origem do Baby Shark se mudou para Abu Dhabi, onde morou por um ano. Ele foi convidado para treinar e competir em um clube local e, durante os treinos, um companheiro começou a cantar a música, do desenho homônimo que, anos atrás, explodiu na internet. Ele conta que foi tão natural que acabou virando apelido e rapidamente foi adotado. aproveitou para juntar dinheiro que vem sendo usado neste ano para custear inscrição e viagem para competições importantes. Por outro lado,  a capacidade física dele sofreu um pouco.

Técnico Melqui Galvão emocionado após resultado de Diogo no ADCC (Divulgação)

“Lá fui muito bem, juntei um bom dinheiro, mas foi ruim devido ao pouco treino. Eu relaxei e fiquei gordo. Meu rendimento caiu”, relembra. No início do ano Diogo voltou para o Brasil e logo iniciou um camp intenso, que foi o ‘sprint final’ para conquistar a vaga e, mais tarde o ouro no ADCCMica é prata e Fabrício Andrey cai nas quartas  foi finalizado pelo estadunidense Kade Ruotolo em 11m51s. Com a vitória Kade, que tem 19 anos, se tornou o campeão mais jovem da competição.  veio em um momento onde Mica partiu para o ataque, buscando o pé do adversário. Foi neste momento que o amazonense acabou deixando exposto o calcanhar e acabou finalizado.  competiu na mesma categoria de Diogo. Os companheiros de equipe se enfrentaram nas quartas de final. Após 0 a 0 no tempo normal, os árbitros deram a vitória para o Baby Shark. foi derrotado logo na primeira luta. Eogham O’Flanagan fez 3 a 0 na categoria até 88kg. O evento marcou a despedida do amazonense que tem um bicampeonato (2007 e 2009). Os Estados Unidos levaram cinco ouros, uma prata e um bronze, fechando na ldierança do quadro de medalhas pela primeira vez. O Brasil veio em seguida com três ouros, cinco pratas e seis bronzes.     

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