Brasileirão Feminino

Giovania estreia com a camisa do Hulk em primeiro jogo do Iranduba na Arena em 2018

Em todos os clubes que jogou a atacante estreou marcando gols. No duelo desta quinta-feira (3), contra o Sport-PE, a ansiosa Giovania quer manter a marca

Camila Leonel
03/05/2018 às 08:00.
Atualizado em 22/03/2022 às 20:07

(Foto: Marcos Lima/ Iranduba)

Giovânia tem 32 anos e na bagagem muitos títulos, como o da Copa do Brasil, Libertadores e Mundial de Clubes com o São José-SP e a Copa América com a Seleção Brasileira. Mas, nesta quarta-feira (3), às 20h, na Arena da Amazônia, contra o Sport-PE, a atacante começa a caminhada em busca do título que falta no currículo: o do Campeonato Brasileiro. Regularizada, ela poderá estrear na noite de hoje juntamente com a zagueira Jujuba e com Priscila Back.

“A expectativa é a melhor possível. Estou bem ansiosa para jogar na Arena e ver a torcida que sempre comparece no estádio, mas eu quero mesmo ganhar e estrear com gol. Por todos os times que passei, sempre estreei fazendo gol e espero que não seja diferente”, contou a jogadora que estava no Vicsale Okinawa, do Japão. Apesar da ansiedade de jogar pela primeira vez na Arena, ela revela que uma coisa a preocupa: o calor. “Aqui eu senti o abafado e estou preocupada com relação à Arena porque disseram que é um estádio abafado à noite, mas creio que vai dar tudo certo”, afirmou. 

Antes de ir para a Ásia, ela jogou no São José, onde trabalhou com o técnico Adilson Galdino. Neste reencontro, ela espera escrever uma história tão vitoriosa quanto foi na sua passagem pelo time do interior de São Paulo. “No São José ficou faltando apenas o Brasileiro. Comecei jogando o campeonato, mas fui embora para o Japão. Agora aqui no Iranduba espero escrever uma nova história. O que passou, passou. Quero ganhar títulos e ele sempre estar fazendo um bom trabalho. Eu tenho entendido o que ele tem passado para a gente pôr em prática dentro de campo”, declarou.

Lições

Giovania nasceu no Maranhão, mas se mudou para o Rio de Janeiro com oito anos. O motivo: uma tia que viu que ela tinha potencial no futebol. “Eu queria jogar, mas a minha mãe não aceitava. Ainda tinha preconceito. Quando jogava na rua, mandavam bater em mim, então fui para o Rio porque minha tia viu que eu tinha futuro”, relembra.

Após chegar na Cidade maravilhosa, Giovania começou a jogar na Rocinha, em campeonatos na favela. Foi levada para o futebol de campo e, em 2004, a ex-jogadora da Seleção, Marisa, a levou para o Saad-SP. Em 2010 e 2011 jogou no Rio Preto-SP até ir para o São José, onde ela diz que “deslanchou”. No ano de 2015 veio o convite para ir jogar no Japão onde ficou por três temporadas. A principal lição que aprendeu foi controlar os ânimos dentro de campo.

“Já fiquei mais calma. Antes eu surtava, brigava nos treinos, mas aprendi muito a ter paciência. Joguei lá três anos e levei dois cartões amarelos. Além disso, a frieza das japonesas cativa bastante. É um time que se toma o gol continuam postado. Elas têm a certeza que a qualquer momento vão fazer o gol, fora a disciplina tática que é incomparável. Nisso que a gente perde um pouco quando joga com os times femininos de fora”, comentou.

FICHA TÉCNICA

Iranduba: Rubi, Sinara, Jujuba, Renata Costa e Gisele;Cris (Larissa), Amanda, Mayara; Priscila, Kelen e Giovania. Tec: Adilson Galdino

Sport: Lorenna, Amanda Leite, Thaís Regina, Bice, Rebeca, Ingryd, Annaysa, Kira, Borges, Soraya, Nycolle. Tec: Jonas Urias dos Santos

Árbitro: Ivan da Silva Guimarães Jr.

Estádio: Arena da Amazônia

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