Leilão

'Eu quero reviver a história', diz empresário que comprou Atlético Rio Negro Clube

O anúncio foi feito pelo empresário sul-coreano Sung Un Song, nesta terça-feira (23), na sede da Fundação Mathias Machiline, no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus

Giovanna Marinho
23/03/2021 às 21:40.
Atualizado em 09/03/2022 às 08:34

(FotoMárcio Silva/Divulgação)

A Digitron será a nova mantenedora do Atlético Rio Negro Clube. O anúncio foi feito pelo empresário sul-coreano Sung Un Song, nesta terça-feira (23), na sede da Fundação Mathias Machiline, no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus.

Sung arrematou a sede do Atlético Rio Negro por R$ 3,6 milhões, dos iniciais R$ 9 milhões,  no leilão promovido pela 8ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-11), na última segunda-feira (22). O certame foi resultado da execução de dívidas trabalhistas equivalentes a R$ 243.908,47 acumuladas pelo clube ao longo dos anos.

Segundo ele, a compra é mais uma ação social da empresa de tecnologia, e não deverá pedir contrapartidas financeiras ao Rio Negro. A empresa também será responsável pelo levantamento total das dívidas acumuladas com intuito de quitá-las e iniciar novos investimentos para os próximos anos.

“Existe a relação social financeira que é um investimento da Digiton para o social, mas é um investimento que não precisa ter retorno, então, não tem uma ligação. Toda a gestão do clube será independente da Digitron”, ressaltou. 

O empresário explicou que a compra visava desde o princípio fortalecer a história do futebol amazonense, resgatando a glória de um dos maiores clubes do cenário local. Por ser um prédio histórico as estruturas físicas da sede serão mantidas, mas a parceria deve modificar o projeto administrativo do ‘Galo’.

A conversa de Sung com o presidente do time, Jefferson Oliveira ocorreu somente ontem, mas já trouxe novas perspectivas para o Rio Negro. 

“Com a chegada da Digitron a tendência é fortalecer o clube. É o Rio Negro estar presente nos campos, mas com outras ideias, com outra gestão. Nós estávamos lá nadando uma correnteza onde só tínhamos nós remando então agora nos vamos ter um grupo mais forte para gente sair daquela mesmice e ter um Rio Negro em campo”, disse o presidente.

A primeira tarefa da Digitron será realizar, juntamente com o jurídico do time, uma auditoria nas contas. Os investimentos para contratações de jogadores e readequação do Centro de Treinamento, por exemplo, deverão ser divulgados após a superação dos tramites burocráticos, financeiros e contábeis, mas Sung se vê esperançoso pelo resgate a cultura do estado.

"Eu acho que o clube Atlético Rio Negro é um ícone da história só Amazonas e é uma história de 100 e poucos anos que a gente não pode deixar acabar. Então, eu quero reviver a história, trazer a glória de novo. Quem não tem passado não tem futuro e nós precisamos resgatar o passado", afirmo o empresário.

Além da parceria social com o Rio Negro, a Digitron também mantém a  Fundação Mathias Machiline, onde mais de 1 mil alunos são contemplados com bolsas de estudos com recursos da própria empresa.

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