Com aumento da população indígena e quilombola, Censo do IBGE no AM deve ser concluído este mês

O Amazonas é oitavo Estado brasileiro mais avançado na coleta de dados do Censo do IBGE deste ano. Isso é o que afirma o próprio órgão, que nesta terça-feira (6) divulgou quarto balanço parcial da pesquisa, que tem a previsão de ser concluída até o fim de dezembro.  

Até o momento, 995.645 domicílios amazonenses foram recenseados, levado a um total de 3.690.367 pessoas em todo o Estado, o que representa 86,4% da população. Deste total, 50,1% (1.849.773) são mulheres e 49% (1.840.594).  

Outro número que chama a atenção é o de pessoas que se declaram indígenas, chegando a 474.914 pessoas, o que representa 31,89% de toda a população indígena recenseada no Brasil. Com isso, o Estado permanece com o maior número de indígenas do país. Ainda neste tema, tal número representa um aumento de mais de 100% nas pessoas identificadas como indígenas no Amazonas, já que até 2010 este grupo social era de 183.514 pessoas. 

Além deste número, foram contatadas em todo o Estado 2.413 pessoas que se autointitularam quilombolas, o que representa 0,20% do total recenseado em todo o Brasil.  

Até o momento, moradores de 18.220 domicílios do Amazonas se recusaram a responder o questionário do Censo, porcentagem essa que pode diminuir com o avançar da pesquisa no Estado e com a aplicação dos chamados “protocolos de insistência”. De acordo com coordenador de área do IBGE, Jessé Miranda, mesmo com este número de recusas, o recenseamento deve ser concluído nacionalmente até o fim deste mês. 

“Começamos as coletas em agosto desse ano e estamos com um nível bem satisfatório, mesmo assim nos conclamamos a população a receber o IBGE, saber que estamos em campo. Porque as nossas perguntas, uma vez respondidas, contribuirão para que o IBGE forneça à sociedade um retrato fiel da sociedade amazonense”, afirma Jessé. 

“Uma vez que o IBGE não consiga retratar a realidade, quando uma porta nos é fechada, é uma informação que fica omissa a sociedade e ao poder público, de modo que ao não se conhecer tal realidade, não se poderá, por exemplo, fornecer políticas públicas voltadas a população. Ou seja, uma porta fechada faz muita diferença para o IBGE”, continua. 

No Brasil, o número de pessoas que se recusaram a participar da pesquisa chega a 2,59%. Outra dificuldade que também foi apresentada no balanço do IBGE é a população que não é encontrada nas suas residências, também chamados de ausentes. Até o momento, no Estado foram 46.666 pessoas que não estavam em suas residências, mesmo com as visitas dos recenseadores em diferentes horários e dias da semana. 

Após três meses de coleta, a maior parte dos questionários doo amazonas foi respondida de forma presencial (990.573), sendo que 3.198 domicílios optaram por responder pela internet e 1.874 pelo telefone. Em Manaus, 1.886.436 pessoas já foram recenseadas, o que representa 83,3 da população estimada para a capital, sendo que deste total, 914.668 são homens e 975.598 são mulheres. 

Números nacionais 

Desde o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 05 de dezembro, foram recenseadas 168.018.345 pessoas, em 59.192.875 domicílios no país. Destas, 29,43% estavam na região Nordeste, 39,54% no Sudeste, 14,76% no Sul, 8,79% no Norte e 7,44%no Centro-Oeste. Até o momento, 48,4% da população recenseada eram homens e 51,6% eram mulheres. 

Esse total corresponde a 78,73% da população estimada do país. O estado mais adiantado, ou seja, com maior proporção de pessoas recenseadas em relação a população estimada, é o Piauí (96,2%), seguido por Sergipe (91,2%) e Rio Grande do Norte (89,8%). Os menos adiantados são Mato Grosso (65,9%), Amapá (66,9%) e Espírito Santo (70,67%). 

Ação de mobilização 

Durante esta semana, entre os dias 6 e 8 de dezembro, o IBGE Amazonas está com um estande no Manuara Shopping, na zona Centro-Sul de Manaus. A ação visa divulgar o Censo 2022, buscando atingir a população que ainda não foi recenseada no Estado.  

Nestes dias, as pessoas poderão tirar dúvidas sobre a operação feita pelos recenseadores, e até mesmo agendar um melhor dia, horário e forma para responder a pesquisa, podendo fazer isso pela internet, telefone ou presencialmente.  

Os recenseadores estarão sempre uniformizados, com o colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e o DMC. Além disso, é possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.

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