Eleições 2022

Com liderança consolidada, a briga é pela segunda colocação

Amazonino Mendes e Eduardo Braga disputam, voto a voto, a intenção do eleitorado. Mas só um deve ir para o segundo turno com Wilson Lima

Giovanna Marinho
giovanna@acritica.com
24/09/2022 às 10:23.
Atualizado em 24/09/2022 às 10:23

Disputa pelo governo do Amazonas entra na última semana do primeiro turno com o atual dono do posto, Wilson Lima (UB), à frente nas sondagens de intenção de voto, Amazonino  Mendes (Cidadania) e Eduardo Braga (MDB) na segunda e terceira colocações, mas empatados tecnicamente, o que prenuncia o acirramento entre os dois ex-governadores para definir quem vai para a segunda etapa da corrida eleitoral. 

No mais recente levantamento divulgado pelo Instituto Perspectiva onde foram entrevistadas 1.500 pessoas em 25 municípios, Wilson Lima tem 33,4% das intenções de voto, na pesquisa estimulada - quando é indicado ao eleitor o nome dos candidatos. Isso totaliza dez pontos à frente de Amazonino Mendes  que tem 23,1% e mais de onze pontos de Eduardo Braga que encostou na ponta da disputa na última semana com 22,4%.

Considerando a margem de erro de 2,5%, Braga e Amazonino estão tecnicamente empatados. Na pesquisa espontânea - quando não são apresentados ao eleitor os nomes dos candidatos - o cenário não muda. Wilson fica com 23,4%, Amazonino com 17,6% e Braga com 15,9% dos votos. Os demais candidatos não chegam a 5% dos votos. Na estimulada, apenas Ricardo Nicolau (Solidariedade) cresce quase  2 pontos chegando a 5,1%.

Sumiço

A maior barreira para Amazonino tem sido a ausência no interior que tem refletido nos números, uma vez que nesse eleitorado ele tem apenas 16% da preferência, contra 39% de Wilson Lima. 

O ex-governador  tem concentrado suas aparições públicas na capital e enviado o seu vice, Beto Micheles (PSDB) para as visitas nos demais municípios. A campanha de Amazonino tem usado a propaganda eleitoral para intensificar ataques ao governador Wilson Lima. No entanto, na última semana  serão subtraídos cerca de 14 minutos  por conta de concessões de direito de resposta ao atual governador. 

Conforme avaliação do cientista político, Gilson Gil, com Wilson consolidado na liderança e Amazonino em queda, perdendo números positivos desde o início da campanha, é preciso avaliar se nos próximos dias se Braga conseguirá ultrapassá-lo, uma vez que o emedebita vem subindo mesmo que lentamente nas últimas pesquisas.

“Eduardo precisa superar a rejeição na capital e avançar neste eleitorado. Por outro lado, Amazonino terá de sair de casa e ir às ruas, especialmente no interior. Quem conseguir conquistar estes novos eleitores, superar suas rejeições e aumentar o ritmo nas ruas, passará para o 2º turno com Wilson”, destaca o Gilson Gil

.

Cristalizados

Na avaliação do analista político Afrânio Soares, os votos na capital estão cristalizados  e a alternativa deve ser a busca pelos votos no interior. Segundo ele, a eleição para o governo tem uma correlação muito forte com a corrida pela presidência. Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu votos para Wilson Lima e na visita do ex-presidente  Lula a Manaus no início do mês Braga teve seu palanque fortalecido. Inclusive após a visita do petista, o ex-governador iniciou uma escalada nas pesquisas. 

“As subidas vão ser pequenas. A não ser que haja uma subida em especial, que ainda não estou vendo, mas ainda tem uma semana, há uma possibilidade. O que temos que ficar de olho é: algumas dessas coisas  que estão acontecendo nessa semana pode virar uma onda, uma onda a favor ou em desfavor de algum candidato?”, concluiu Afrânio.

Segunda etapa

A campanha de segundo turno para o governo do Amazonas se estenderá do dia 3 de outubro até a véspera do dia 30, data da eleição. Nessa fase, os dois candidatos mais votados na primeira etapa terão o mesmo tempo de TV e rádio.

Nenhuma sigla fará mais de dois

Na disputa pelas oito cadeiras do Amazonas na Câmara dos Deputados e para as 24 vagas na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) o corpo a corpo vai definir quem leva a melhor. Apesar de estarem mais livres do que os majoritários em relação à disputa pela presidência cada voto vale em uma disputa onde as regras do jogo ficaram mais difíceis.  
 
Afrânio Soares pondera que, apesar dos quadros articulados para tentar fazer mais votos e conquistar mais cadeiras, na visão dele, não há possibilidade de que um partido possa fazer mais de dois  deputados federais, por exemplo. Para o analista, cinco  partidos devem conseguir cada um uma vaga e o restante será divido entre três partidos/federações.      
 
“No máximo uma ou duas federações vão fazer dois deputados federais, não mais. Pode ser um ou duas, ninguém vai fazer três deputados federais”, disse o analista e presidente da empresa da Action Pesquisas. 

Nesse pleito, 173 candidatos buscam uma vaga na Câmara dos Deputados, sendo 7 para reeleição e 443 buscam uma cadeira na ALE-AM.

Assuntos
Compartilhar
Sobre o Portal A Crítica
No Portal A Crítica, você encontra as últimas notícias do Amazonas, colunistas exclusivos, esportes, entretenimento, interior, economia, política, cultura e mais.
Portal A Crítica - Empresa de Jornais Calderaro LTDA.© Copyright 2024Todos direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por