MERCADO

Amazonas teve quase 32 mil MEIs registradas no primeiro ano da pandemia

Dados do Sebrea/AM e da Jucea revelam que a pandemia de coronavírus influenciou para empurrar os amazonenses para o empreendedorismo, diante da queda do emprego formal

Maria Derzi
17/04/2021 às 17:21.
Atualizado em 09/03/2022 às 07:47

((Foto: Junio Matos))

Um total de 38.648 novas empresas foram abertas, no Amazonas, durante o ano de 2020, correspondendo a 23,9% a mais do que no ano de 2019. A maioria dos registros foi de Micro Empreendedor Individual (MEI), totalizando 31.742 novos CNPJs nessa modalidade.

Os dados fornecidos pelo Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresa (Sebrae/Am) e Junta Comercial do Amazonas (Jucea) revelam que a pandemia de coronavírus influenciou para empurrar os amazonenses para o empreendedorismo, quando se viu sem emprego e renda por conta das restrições impostas pela pandemia.

No âmbito das microempresas amazonenses foram abertos 4.979 novos registros em 2020, das quais a maioria, 2.513, são empresários, 1337 são sociedades empresariais limitadas e 1129 são empresas individuais de responsabilidade limitada. No mesmo ano foram abertas 1300 empresas de pequeno porte, a maioria (531) são sociedades empresariais limitadas.

O total geral de 6.620 empresas constituídas em 2020 a maioria foi de empresários com 2.848 novos registros. Em segundo lugar está a natureza jurídica de sociedade empresarial limitada, com 2.067 novas empresas e 1.662 empresas individuais de responsabilidade limitada. Em 2020 23.980 sofreram alterações e 2823 foram extintas.

Segundo dados do Sebrae-AM, o total de empresas abertas no Amazonas corresponde a 23,8% a mais que em 2019.

"O Amazonas apresenta a melhor performance nacionalmente, porque soube ter agilidade, através do Sebrae, para atender a demanda nos momentos mais críticos da pandemia, de forma virtual e com toda a sua equipe de analistas, mais de 74, atendendo os micros e pequenos empresários", disse Lamisse Said Cavalcanti, Diretora superintendente do Sebrae Amazonas.

Dados do Sebrae mostram que, em 2020, foram abertas 626.883 micro e pequenas empresas em todo o país. Desse total, 535.126 eram microempresas (85%) e 91.757 (15%) eram empresas de pequeno porte.

SetoresOs setores onde as microempresas abriram maior número de unidades em 2020 foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (20.398 empresas), comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (16.786) e restaurantes e similares (13.124).

Já os setores onde as pequenas empresas abriram mais estabelecimentos foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (3.108), construção de edifícios (2.617) e comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (2.469). De acordo com o Sebrae Nacional, o resultado evidencia a força do empreendedorismo no Brasil.

Com base em dados do governo federal, apurou-se que, no ano passado, o país criou 3,4 milhões de novas empresas, alta de 6% em comparação a 2019, apesar da pandemia de covid-19. Ao final de 2020, o saldo positivo no país foi de 2,3 milhões de empresas abertas, com destaque para microempreendedores individuais (MEI).

4,1 milhões de jovens sem vagas

Os trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos foram os mais prejudicados pela pandemia de covid-29. A taxa de desocupação subiu de 23,8% no quarto trimestre de 2019 para 29,8% no mesmo período de 2020, o que corresponde a quase 4,1 milhões de jovens à procura de emprego.

No recorte por escolaridade, o desemprego foi maior para os trabalhadores com ensino médio incompleto: alta de 18,5% para 23,7%, na mesma base de comparação. Em contrapartida, a ocupação dos que têm ensino superior continuou crescendo e houve alta de 4,7%, na comparação entre os números de trabalhadores nesta condição, nos respectivos trimestres de 2019 e 2020.

Os dados constam da Carta de Conjuntura divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora a ocupação tenha voltado a crescer após ter atingido, em julho do ano passado, o menor valor da série (80,3 milhões), em janeiro deste ano, havia 86,1 milhões de trabalhadores ocupados no país, bem abaixo do observado antes da pandemia (94 milhões em janeiro de 2020).

O documento mostra que, no quarto trimestre de 2020, a taxa de desemprego para o sexo feminino (16,4%) foi superior à do sexo masculino (11,9%). No recorte regional, ainda no último trimestre do ano, as regiões Nordeste e Sudeste tiverem maior incremento na taxa de desemprego: de 13,6% para 17,2% e 11,4% para 14,8%, respectivamente.

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