Cenário

Sem recursos, Lar Batista Janell Doyle encerra dois serviços prestados pela entidade em Manaus

Em comunicado, a instituição afirma que os serviços encerrados eram mantidos por meio de editais de fomento, cujos projetos não foram renovados, embora os serviços sejam contínuos.

Amariles Gama
online@acritica.com
12/05/2022 às 18:22.
Atualizado em 12/05/2022 às 18:27


Por falta de recursos financeiros, o Lar Batista Janell Doyle anunciou nesta semana o encerramento de dois serviços oferecidos pela entidade beneficente, em Manaus. Em comunicado, a instituição afirma que os serviços encerrados eram mantidos por meio de editais de fomento, cujos projetos não foram renovados, embora os serviços sejam contínuos. 

“Oramos muito, trabalhamos muito, estivemos inúmeras vezes em contato com as secretarias e nenhum esforço nos trouxe recursos para manutenção dos serviços”, afirma a instituição, que há 26 anos trabalha com o acolhimento de crianças e adolescente em situação de vulnerabilidade social. 

Um dos serviços encerrados por falta de recursos é o projeto “Família Acolhedora”, que proporcionava lar provisório a crianças e adolescentes até que pudessem retornar a seus lares de origem ou fossem adotados. As famílias cadastradas no programa recebiam uma ajuda de custo, fomentada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) até novembro do ano passado.

Outro serviço prestado pela entidade que precisou ser encerrado foi o programa “Convivência e Fortalecimento de Vínculos”, que desde 2001 fazia um trabalho de assistência social com famílias do bairro Mauazinho, na Zona Sul de Manaus. O programa era fomentado pelo Fundo Manaus Solidária, da Prefeitura de Manaus, mas também não houve repasse de recursos esse ano, segundo a instituição. 

A diretora do Lar Batista Janell Doyle, Magaly Araújo, afirma que sem os recursos ficou inviável manter os dois serviços, embora a entidade tenha tentado mantê-los ainda por sete meses. A diretora ressalta que a instituição continuará prestando os serviços de “Abrigo Institucional” e “Abordagem Social de Rua”, que são financiados de forma continuada pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).

“Os fomentos com órgãos públicos são feitos como se tivéssemos projetos com início, meio e fim. No entanto, fazemos serviços continuados. Não temos como honrar com funcionários e os valores dos acolhidos em Família Acolhedora, por isto, infelizmente, tivemos que parar”, disse a diretora.

“Triste, muito triste! São 11 famílias que estarão a mais na lista dos desempregados; 15 crianças que não terão Famílias Acolhedoras; 160 crianças e famílias sem o atendimento diário do Fortalecimento. Contabilizando o inaceitável!”, diz trecho do comunicado de encerramento dos serviços da instituição.
 

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