Ação social ocorre pelo terceiro ano seguido na cidade de Manaus com apoio da empresa Whirpool
Fotos: Nilton Ricardo
Trinta voluntários reuniram-se na manhã deste sábado (20) para uma ação social de limpeza no entorno do igarapé Tarumã-Açu e no curso do Igarapé do Gigante, um dos últimos que não foi aterrado para construções urbanas na cidade de Manaus. O grupo se encontrou por volta das 9h30 na Marina do Davi, bairro Ponta Negra, zona Oeste da capital.
A iniciativa é realizada pelo Instituto Consulado da Mulher, ação social da empresa Whirpool focada em apoiar o empreendedorismo feminino, em parceria com o projeto Remada Ambiental. Segundo a diretora da instituição, Adriana Carvalho, o objetivo da ação é “realmente recolher o lixo gerado por toda a sociedade e apoiar a revitalização [do igarapé] através de menos [descarte de] lixo e esse lixo ser enviado para um descarte correto”.
Voluntária pela primeira vez, a colaboradora Joice Quincá destaca a importância da ação para o meio ambiente e atribui o aumento da poluição a “essa expansão meio que desordenada” da cidade de Manaus.
Joice relembrou que a capital amazonense é carente na quantidade Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), locais de coleta estabelecidos em pontos estratégicos para depósito, transporte e destinação de resíduos sólidos. Questionada pela reportagem de A CRÍTICA sobre o que poderia ser feito para melhorar essa questão, a voluntária apontou na direção da educação ambiental.
A colaboradora Alice Perdiz participa da ação pela segunda vez que destaca a importância da iniciativa para a educação pessoal das pessoas, para que elas entendam “a destinação correta dos lixos, pararem de jogar em qualquer lugar”.
Essa não é a primeira vez que a ação social da Whirpool participa de um mutirão de limpeza. Em outubro de 2022, foram coletados 300 kg de lixo. Em julho do ano passado, contando com a presença de 160 voluntários ao lado de outras duas empresas, foram retirados 1.440 kg de lixo das águas.
O Igarapé do Gigante é um rio que nasce em uma zona de mata nos arredores do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e corta mais de 7km de extensão ao longo dos bairros da Redenção, Planalto, Parque Mosaico, Lírio do Vale e Ponta Negra, todos na zona Oeste de Manaus, até desaguar no igarapé Tarumã-Açu, afluente do rio Negro.
Em fevereiro, uma parceria firmada entre o coletivo Todos Pelo Gigante e instituições públicas e privadas viabilizou a criação do projeto Sistema Integrado de Inteligência, Proteção e Monitoramento da Bacia Hidrográfica do Gigante. Segundo o coordenador do coletivo, Gilberto Ribeiro, o movimento era uma parceria com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para preservar o igarapé.
“Como ativista estamos lutando pela vida desse igarapé há mais de dez anos. Fizemos algumas ações de arborização de área degradada. Ano passado fizemos um curso de cidadania ambiental, em parceria com o Iames (Instituto Amazônia de Ensino Superior) e no final elaboramos quatro projetos para o Igarapé do Gigante e o Ipaam nos chamou e entramos nesse barco para tentar salvar esse igarapé”, disse