EDITORIAL

Emergência Ambiental

Vários municípios já declararam situação de emergência, enfrentando sérios problemas de transporte e abastecimento.

acritica.com
15/09/2023 às 10:39.
Atualizado em 15/09/2023 às 10:39

(Foto: Agência Brasil)

Neste ano, novamente o Amazonas enfrentará uma seca severa, situação que pode se tornar mais frequente diante do cenário de mudanças climáticas por que passa o mundo. De maneira acertada, o governo do Estado agiu preventivamente e lançou a “Operação Estiagem 2023”, um plano integrado de mobilização interinstitucional visando amenizar os efeitos da seca que se avizinha. Em verdade, vários municípios já declararam situação de emergência, enfrentando sérios problemas de transporte e abastecimento.

Uma vez que, para muitas cidades amazonenses, os rios são a principal -  e, por vezes, a única – via de transporte, a impossibilidade de navegação devido ao baixo nível das águas ameaça deixar populações inteiras no completo isolamento. Municípios do Sul do Estado e da região Metropolitana de Manaus já estão em Situação de Emergência Ambiental.

Aproximadamente R$ 100 milhões serão aplicados em ações que minimizem o drama do povo do interior, como a compra da produção, abastecimento de água, distribuição de cestas básicas, kits de higiene, renegociação de dívidas e fomento para pequenos produtores. O cenário é de extrema preocupação, um grande desafio que precisa ser enfrentado com união e responsabilidade. As prefeituras municipais precisam fazer sua parte, unindo forças com o governo do Estado para desenvolver ações complementares que atendam às necessidades específicas de suas populações. Também é preciso buscar apoio do governo federal para fazer frente ao panorama.

A atuação preventiva do governo estadual, ao antecipar o agravamento do problema e propor um plano de ação, é acertada. Porém, é fato que o problema tem ligação direta com a emergência climática, que tende a ocasionar eventos extremos de seca e de cheia. É preciso adotar uma abordagem mais ampla. Os efeitos são diferentes em cada bioma.

No caso da Amazônia, onde o equilíbrio ecológico é muito sensível a mudanças radicais, as consequências no longo prazo são imprevisíveis. O Brasil, com participação essencial dos Estados Amazônicos, precisa travar um debate sóbrio a respeito dessa situação, com participação de especialistas, cientistas e instituições competentes, e sem politização, para adotar as medidas que forem necessárias.

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