Na véspera da prescrição do caso, ministro Luís Barroso, do STF, homologou acordo no qual o deputado se comprometeu a pagar multa
O deputado federal Silas Câmara foi acusado de desviar dinheiro destinado ao pagamento de assessores entre 2000 e 2001 (Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados)
Na véspera da prescrição do caso, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou na noite de quinta-feira (1°) um acordo de não persecução penal (ANPP) firmado entre a Procuradoria Geral da República (PGR) e deputado federal d Silas Câmara, réu na Ação Penal (AP) 864, em que responde pela prática da chamada “rachadinha”. No acordo, o parlamentar do Amazonas se comprometeu ao pagamento de multa de
R$ 242 mil em até 30 dias.
Dos males... A tendência, como mostrou a coluna ontem, era que a ação prescrevesse quando completasse 12 anos, no caso seria neste dia 2 de dezembro. Dessa forma, na prática, Silas sairia impune, mesmo com cinco ministros já tendo votado pela condenação.
...o menor Mas, entre a prescrição assegurada por meio de pedidos de vistas dos ministros André Mendonça e Dias Toffoli – que daria um mau exemplo de atuação da mais alta instância do Judiciário – e o acordo que livra Silas da prisão, o ministro Barroso optou por homologar o segundo.
Redução de danos No despacho da decisão, Barroso ressaltou que entende não ser cabível um acordo nesses moldes após o recebimento da denúncia, mas que, a um dia da prescrição, o procedimento se apresentava “como a via mais adequada” para minimizar os prejuízos aos cofres públicos.
A acusação Em 2010, Silas foi acusado pela PGR pelo desvio de recursos da Câmara destinados ao pagamento de assessores e por ter nomeado como servidores públicos empregados que prestavam serviços particulares. Os crimes, agora confessados, ocorreram entre 2000 e 2001.
Prioridades O advogado e líder indígena Eloy Terena, que integra a equipe de transição do presidente eleito, Lula da Silva (PT), detalhou ontem, no Twitter, a pauta prioritária do grupo técnico voltado aos povos originários: demarcação de terras, combate ao garimpo ilegal, proteção aos povos isolados, recomposição do orçamento da saúde indígena e reconhecimento dos direitos identitários de indígenas que vivem em contexto urbano.
É mentira! Acusada de não ter votado no segundo turno das eleições para assistir à final da Libertadores, a deputada estadual eleita Débora Menezes (PL) utilizou as redes sociais para desmentir as informações, publicadas por um site local. Débora disse que na ocasião precisou ser submetida a uma cirurgia de emergência e publicou o atestado médico.
Por A mais B “No dia 29 (de outubro) eu estava fazendo campanha. No dia 30 eu não estava assistindo a Libertadores. Eu estava em Manaus e utilizaram fotos minhas de 2021 para reproduzir fake news”, escreveu a deputada, que ainda resgatou as fotos que mostram ela participando de caminhada na véspera do dia da votação .
XIV Semana de CS Com o tema “O Brasil pós-eleição: a reconstrução democrática e os desafios das Ciências Sociais”, o Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS) e o Departamento de Ciências Sociais da Ufam realizam, entre os dias 12 e 16, a 14ª semana temática do curso. O colunista de A CRÍTICA Robério Braga vai palestrar no dia de abertura, a partir das 13h30, sobre “Oligarquias no Amazonas: sentido e configuração”.