RITMO

Com 20 anos de casa, Mestre da Marujada celebra volta de Festival: 'Eu vivo isso aqui'

Vitor Hugo fala sobre ensaios do novo álbum “Amazônia: Nossa Luta em Poesia” e expectativas para 55ª edição do Festival Folclórico de Parintins.

Isabella Pina
dante@acritica.com
18/05/2022 às 15:49.
Atualizado em 18/05/2022 às 15:54

Vitor Hugo tem 20 anos de Marujada (Foto: Arlesson Sicsú)

Dos 35 anos de vida, cerca de 20 Vitor Hugo dedica à Marujada de Guerra do Caprichoso. Hoje mestre do ritmistas em Manaus, ele calcula que foi por ali, ainda quando moleque, na adolescência tocando caixinha, que decidiu seu destino ao cruzar a vida com o boi Caprichoso. 

Marujeiro desde que se lembra, foi só em 2011 que assumiu o posto de mestre do Item 3 - o grupo de percussão que dá toda a sustentação rítmica do espetáculo azul e branco. A vida de Vitor se mistura com a do boi de tal forma que, entre uma fala ou outra, se emociona. 

“O Boi, pra mim, não é um emprego. Quando eu era mais novo e entrei, eu já entendia isso. Todo mundo aqui é minha segunda família. Não dá para encarar como um emprego. É um hobby, paixão. Eu me dedico totalmente a isso, até me emociono ao falar disso. Eu vivo isso aqui. Mesmo você ganhando ou não, você gosta de estar lá porque é o que você quer, o que sabe fazer”, articula ao tentar explicar a dedicação dos marujeiros ao Touro Negro.

"Quem está na Marujada de Guerra são pessoas que se doam para isso. Voluntários. É quem quer estar ali pelo boi, viver por isso", completa. 

Neste ano o Festival Folclórico de Parintins volta a acontecer após dois anos de cancelamento devido à pandemia de Covid-19. Ele cita o impacto da pausa dentro do grupo.

Vitor Hugo tem comandado os ensaios da Marujada em Manaus (Foto: Arlesson Sicsú)

 “São dois anos sem festival. Por isso, temos muitas músicas aproveitadas para a Arena, com certeza.  Estamos trabalhando em cima das novas músicas ao nosso máximo, para ser ritmo contagiante que sempre levamos. Com esses dois anos entalados, com o sentimento de que ninguém quer perder”, esboça, sem querer entregar muitos detalhes do que vem pela frente na arena. 

Na noite desta sexta-feira (13), Vitor regeu o grupo em um ensaio público de audição do novo álbum do Caprichoso: “Amazônia: Nossa Luta em Poesia”.  Foi também nessa última semana que a Marujada iniciou oficialmente em Manaus os ensaios das novas toadas para 2022. 

“Temos feito os ensaios com as novas toadas agora. Nunca faço muito antes. Nesta última semana que iniciamos. Já passamos sete músicas e já foi muito proveitoso. A gente se diverte e aproveita muito esses ensaios fechados. Às sextas, quando chegamos no ensaio com o público, é uma festa. Um show que queremos levar. E vai ser assim até o festival”, promete.

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