Peara Clemilton Pinto comandou grupo durante ensaio na noite deste domingo (15), em Manaus.
Clemilton assumiu a Batucada pela primeira vez em 1997 (Foto: Arlesson Sicsú)
Foi em 1988 que Clemilton Pinto, antigo peara e hoje diretor de Batucada do Garantido, pisou pela primeira vez no Festival Folclórico de Parintins. Por coincidência ou não, naquele o ano que o Bumbódromo era inaugurado.
Ele calcula que foi ali que sua história e a do Garantido passaram a ser uma só. Mesmo assim, foi só uma década depois que ele assumiu o título de peara, liderando a Batucada vermelha e branca.
“Quando fui a primeira vez, eu fui lá na Galera. E em 1997 assumi a Batucada do Garantido como primeiro Peara. Lá eu fiquei até 2011. Hoje tenho o privilégio de usar toda a minha experiência ao longo desses 20 anos dentro da Batucada dentro da minha posição como diretor. Eu nasci pra ser vermelho”, conta.
Enquanto conversava sobre a vida com A CRÍTICA, a Batucada se preparava para mais um ensaio aberto ao público, na noite deste domingo (15), no Almirante Hall. Empolgado com o ritmo agitado do calendário bovino pré-festival, considerando o longo período de pausa nas atividades devido à pandemia de Covid-19, ele classificou os encontros com a galera de “terapêuticos”.
Além de Peara, Clemilton é torcedor apaixonado do Garantido (Foto: Arlesson Sicsú)
“Os eventos, hoje, são terapêuticos, como eu gosto de dizer. Graças a Deus, estamos aqui. E estamos aqui por causa da vacina. Eu já tomei a minha quarta dose e estou aqui por causa de disso. É ela que nos permite estar aqui, aglomerar, voltar a viver esse calor humano que é o festival de Parintins. A gente espera nunca mais passar pelo o que passou”.
Clemilton compartilha a diretoria com Jean Bonfim. Ele explica que, na posição, enxerga um impacto da sua dedicação.
“Eu não tenho mais tempo para ser o peara. Hoje, colaboro de uma forma mais importante - da forma que eu posso. Assim como eles (pearas) exercem suas funções também com excelência. E assim nossa batucada tem funcionado muito bem”.