Do interior de São Paulo, engenheiro decidiu largar tudo em busca do sonho de viver em Parintins dois anos atrás. Em pouco tempo, conheceu esposa
Diego veio de bike e achou seu grande amor em Parintins (Arlesson Sicsu)
Certo dia Diego Eduardo, de 35 anos, acordou, fez um retrospecto da vida e concluiu: nada tinha sentido. Não tinha sentido, mas tinha direção. Lá de Batatais,interior de São Paulo, decidiu que buscaria sua completude no extremo norte do país. Subiu numa bicicleta, numa viagem mais que imersiva em busca de propósito, e cruzou o país até Parintins. Ele tinha uma bicicleta, um sonho, uma paixão pelo Boi Caprichoso e a certeza intuitiva de que na ilha tupinambarana encontraria um propósito maior de vida.
Dois anos depois, o mesmo Diego que em 2020 cruzou as fronteiras de Parintins pela primeira vez, postou-se no altar da igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para casar com uma moradora da cidade. Na ilha da magia, exatos três meses depois que chegou, conheceu sua grande paixão, Rozenilce Silva, de 31 anos.
“Vim por dois motivos: a falta de sentido na minha vida e minha paixão pelo Caprichoso. Em 2006 eu conheci o Boi através de uma transmissão na TV e a paixão foi à primeira vista. A partir dali, procurava saber, estudar sobre a cultura amazonense. Isso foi se tornando um relacionamento próximo com a cultura local. E eu dizia: um dia eu vou morar na Amazônia”, narra o engenheiro.
Esse é o início de uma jornada que demorou quatro meses e passou pelos mais variados estados e capitais pelos país. Tudo em cima de uma bicicleta e trajando a camisa do Caprichoso. Por ironia, era da falta de sentido de vida que Diego encontrou a motivação para ir atrás de vida. E se derrete pela noiva.
“No fundo não era só a cultura amazonense que eu buscava. Conheci várias capitais e cidades, algumas me encantaram. Mas sabia que algo maior estava reservado para mim - que até então eu não sabia o que era. O meu sentido de vida, a minha família, minha mulher. Uma parintinense, nascida na francesa. Foi natural. Um relacionamento onde compartilhamos valores”.
Se conheceram, namoraram, noivaram e agora selam votos de matrimônio alicerçados na grande história de um propósito maior, de um destino que quis porque quis cruzar os dois, considera a noiva. “Eu acredito que deus tinha um propósito para as nossas vidas. Vejo como a realização de um sonho, de ter uma família. Pensar que ele veio para Parintins, por amar esse lugar, e aqui se complementar com isso, era o destino”, conta Rozenilce.