De acordo com o promotor de Justiça Armando Gurgel, a conversão da prisão temporária para preventiva aconteceu no último fim de semana
(Foto: Gilson Mello)
Os 12 policiais militares do Batalhão Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) tiveram as prisões temporárias de 30 dias, transformadas em prisões preventivas. Os mesmos estão presos na sede do batalhão desde o dia 24 do mês passado.
De acordo com o promotor de Justiça Armando Gurgel, a conversão da prisão temporária para preventiva aconteceu no último fim de semana após pedido da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) que foi acatada pelo juiz da Central de Flagrante, que não teve o nome revelado, com o parecer favorável do promotor Marcelo Martins.
“É um trabalho que está sendo muito bem feito pela Polícia Civil de acompanhado pelo Ministério Público. Houve o pedido de transformação da prisão deles (dos PMs) e foi concedida pela justiça “, disse Gurgel.
Os rocanianos são suspeitos de serem os autores do caso que está sendo chamado de a “Chacina do ramal Água Branca”, ocorrida na noite do dia 21 de dezembro do ano passado no ramal Água Branca, quilômetro 32, da rodovia AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara.
A chacina teve como vítima os irmãos Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Máximo Gemaque, que tinham 33 e 31 anos, respectivamente, e o casal Alexandre do Nascimento Melo e Valéria Luciana Pacheco da Silva, que tinham de 29 e 22 anos. Eles foram torturados e mortos com tiros de pistola e escopeta e algemados com algema de silicone.
Os policiais passaram a ser investigados logo que começou a circular na imprensa uma imagem deles abordando as vítimas, colocando-as na parede e outra captada por câmeras de segurança em que é possível ver duas viaturas da ROCAM escoltando um carro branco, semelhante ao das vítimas (modelo Onix).
A imagem teria sido registrada na avenda das Torres, na Zona Norte de Manaus, na noite do dia 21. A via dá acesso à AM-010, local em que os corpos foram encontrados mortas na manhão do dia 22.