Candidatos ao Senado, Omar lidera a disputa, enquanto Arthur e Menezes estão tecnicamente empatados na segunda colocação
(Fotos: Jeiza Russo/Gilson Melo/Facebook)
A menos de cinco dias do fim da propaganda eleitoral, os candidatos ao Senado, Arthur Neto (PSDB) e Coronel Menezes (PL), que estão tecnicamente empatados na segunda colocação, mantém a estratégia de desgastar o primeiro colocado, o senador Omar Aziz (PSD), que busca a reeleição.
No horário eleitoral dessa sexta-feira, ambos ainda continuaram com o tom beligerante contra Omar. No programa eleitoral de Coronel Menezes, o candidato desqualificou a CPI da Covid do Senado presidida por Aziz, no ano passado, apontada por especialistas como a responsável por obrigar o presidente Bolsonaro (PL) a acelerar a vacinação contra o coronavírus no Brasil.
Para Menezes, a CPI não teve nenhum papel na aceleração da vacinação no país. Coronel Menezes atribuiu o fato de o Brasil ter superado a fase aguda da doença à compra das vacinas pelo presidente.
Menezes ligou, sem provas, Omar a um suposto desvio de R$ 260 milhões na área da saúde na época em que o atual senador foi governador do Amazonas (2010-2014).
Já o ex-senador Arthur Virgílio Neto, que tenta a recondução ao Senado de onde saiu em 2010, também direcionou a artilharia contra Aziz.
No horário eleitoral, Arthur Neto disse que votar em Menezes ou em qualquer outro candidato é “ajudar Omar e maus caminhos” em uma referência velada à Operação da Polícia Federal em que o senador foi alvo em 2016.
A propaganda eleitoral tanto no horário e na televisão quanto os comícios e carreatas de ruas, bem como a distribuição de santinhos, encerra na próxima terça-feira.
O programa eleitoral de Omar destacou que ele está na dianteira das pesquisas de intenção de voto. O programa desta sexta destacou que o candidato fez uma campanha de paz e sem ataques a adversários.
Pesquisa divulgada na terça-feira pelo Instituto Perspectiva Mercado e Opinião coloca Omar mantém a liderança com 31,6% das intenções de votos. Arthur e Coronel Menezes estão empatados tecnicamente com 20,3% e 19,1% da preferência do eleitor, respectivamente.
Até essa sexta-feira, dos candidatos na disputa ao Senado no Amazonas, seis divulgaram receitas à Justiça Eleitoral de R$ 8,5 milhões. As despesas alcançam R$ 5,3 milhões. Na campanha do primeiro turno, a legislação eleitoral fixou o teto de gasto de R$ 7,1 milhões.
Entre os três candidatos, Arthur foi o candidato que mais declarou receitas, R$ 3,8 milhões, depois aparece Omar com R$ 3,3 milhões informados e Menezes com R$ 1,079 milhão.