Parlamentar bolsonarista justificou que 'não podia fazer um tiro no escuro' votando a favor; matéria foi aprovada com 382 votos a favor, 118 contra e três abstenções
Deputado Capitão Alberto Neto durante discurso antes da votação (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Único representante do Amazonas a votar contra a reforma tributária na Câmara dos Deputados, na noite desta quinta-feira (6), Capitão Alberto Neto (PL) disse ao A CRÍTICA que votou contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 porque na avaliação dele o texto não estava maduro e que “não podia fazer um tiro no escuro”.
A PEC foi aprovada em Plenário com 382 votos a favor, 118 contra e três abstenções.
O texto base da PEC foi apresentado em 2019. No início deste ano, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho para discutir o assunto e apresentar um substitutivo, inclusive com a participação de três deputados amazonenses: Adail Filho (Republicanos), Saullo Vianna (União) e Sidney Leite (PSD).
A proposta aprovada contempla os ajustes propostos pelo Governo do Amazonas e pela bancada do amazonense, como a criação de um fundo para diversificar a economia do Estado e a manutenção da competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Na tribuna da Casa, antes da votação da PEC, Alberto Neto rebateu críticas sobre a inclusão da Zona Franca no texto da reforma e defendeu que o modelo econômico do Amazonas seja fortalecido para favorecer a exportação de produtos nesse momento, em que o mundo vive crise por conta da guerra na Ucrânia.
Contudo, à noite, ele votou deu voto contrário.