Aquisição de mais vacinas

Brasil negocia a compra de mais 20 milhões de doses do CoronaVac da China

A informação é do governador de São Paulo, João Dória

Reuters
05/02/2021 às 11:56.
Atualizado em 09/03/2022 às 08:52

(Foto: REUTERS)

O Brasil está negociando a compra de 20 milhões de doses adicionais da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech, disse o governador de São Paulo à Reuters em entrevista na quinta-feira, em uma demonstração de confiança na injeção chinesa.

O pedido, que não foi divulgado anteriormente, virá somado aos 100 milhões de doses da vacina, conhecida como CoronaVac, já garantidas pelo instituto biomédico Butantan de São Paulo, disse o governador João Doria.

O instituto estatal liderou os testes clínicos em massa da vacina no Brasil e agora está envazando e finalizando as doses para um programa nacional de imunização, com planos de produção 100% nacional no início de 2022. A única outra vacina COVID-19 aprovada para uso emergencial em O Brasil é a vacina AstraZeneca.

Doria, governadora do estado mais rico e populoso do país, tem sido a força motriz por trás dos testes e implantação do CoronaVac no Brasil, reforçando suas ambições presidenciais e alimentando uma rivalidade com o presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro, um crítico da China e cético do COVID-19, inicialmente rejeitou a vacina Sinovac, mas mudou de rumo na ausência de alternativas, depois que seu Ministério da Saúde hesitou em fechar contratos com desenvolvedores de vacinas.

Enquanto o centro biomédico da Fiocruz, financiado pelo governo federal, ainda aguarda suprimentos para iniciar o envazar das doses da vacina AstraZeneca, o Instituto Butantan começa a finalizar e vender as doses do CoronaVac ao Ministério da Saúde.

Doria disse que espera que o Butantan receba remessas de ingredientes ativos da China em uma semana ou 10 dias, superando os obstáculos iniciais que ameaçavam desacelerar a produção.

Uma nova instalação do Butantan em construção está programada para produzir os ingredientes ativos da vacina a partir de janeiro de 2022, mais tarde do que uma meta anterior para o segundo semestre deste ano. O Butantan está negociando suprimentos para os 20 milhões de doses extras para manter sua linha de chegada ativa até a entrada em operação da nova fábrica.

Até agora, o Ministério da Saúde do Brasil assinou apenas um contrato com o Butantan para adquirir 46 milhões de doses do CoronaVac para distribuição nacional, mas Doria disse estar confiante de que assinará mais 54 milhões de doses em breve.

“Não vamos, diante de uma situação de vida ou morte, apenas esperar para ver o que acontece”, disse ele.

Doria havia dito anteriormente que vacinas adicionais não adquiridas pelo Ministério da Saúde poderiam ser vendidas separadamente para os estados brasileiros.

Segundo ele, o governo federal ainda não pagou as doses do CoronaVac já entregues ao Ministério da Saúde, e o pagamento deve ser feito até o final do mês.

“Se não (pagar), não receberá mais nenhuma dose da vacina do Butantan”, disse.

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