Saúde

China registrou cerca de 13 mil mortes por Covid-19 em hospitais na última semana

Estudo estima que a taxa diária de mortalidade no país deve aumentar durante este fim de semana, em que ocorre o evento do Ano Novo Lunar. Porém, o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças afirmou que a China não vai sofrer uma segunda onda de contágios nos próximos dois a três meses

AFP
online@acritica.com
22/01/2023 às 14:57.
Atualizado em 22/01/2023 às 14:57

Chineses participam de importante evento do calendário lunar neste fim de semana (STR/AFP)

A China registrou quase 13 mil mortes relacionadas com a covid em hospitais, entre 13 e 19 de janeiro, depois de uma autoridade de alto escalão da Saúde afirmar que a grande maioria da população já havia contraído o vírus.

Há uma semana, o governo chinês informou que quase 60 mil pessoas morreram de covid em hospitais, até 12 de janeiro. 

Neste sábado (21), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China anunciou que 681 pacientes hospitalizados morreram de insuficiência respiratória por coronavírus, e outros 11.977, de outras doenças combinadas com o vírus. 

Esses dados não incluem pessoas que morreram em casa. 

A Airfinity, uma consultoria independente, estimou que a taxa diária de mortalidade na China atingirá o pico de 36 mil durante o Ano Novo Lunar neste fim de semana. 

A empresa também estimou que mais de 600 mil pessoas morreram da doença desde que a China abandonou sua política de "covid zero" em dezembro. 

A China já superou o pico de casos, segundo os registros de internações em clínicas, pronto-socorros e unidades de terapia intensiva, disse Guo Yanhong, funcionário de alto escalão da Comissão Nacional de Saúde, na quinta-feira. 

Baixa probabilidade de segunda onda

Dezenas de milhões de pessoas viajaram neste fim de semana para se reunirem com suas famílias e celebrar o feriado mais importante do calendário chinês, neste domingo, aumentando os temores de um agravamento do surto epidêmico. 

As autoridades de transporte chinesas projetam que, entre este mês e fevereiro, serão feitas mais de dois bilhões de viagens, um dos maiores movimentos de pessoas do mundo. 

Na quarta-feira, o presidente Xi Jinping manifestou sua preocupação com a propagação do vírus nas áreas rurais da China, que têm menos recursos de saúde. 

Em postagem na rede social Weibo neste sábado, o diretor de Epidemiologia do CDC, Wu Zunyou, afirmou, porém, que o país não vai sofrer uma segunda onda de contágios nos próximos dois a três meses, depois que milhões de pessoas viajarem das grandes cidades para suas cidades natais. 

Segundo ele, cerca de 80% da população já foi infectada. 

"Embora o grande número de pessoas viajando durante o Festival da Primavera possa promover uma propagação da epidemia até certo ponto (...) a atual onda epidêmica já infectou cerca de 80% da população", disse Zunyou. "No curto prazo, por exemplo, nos próximos dois a três meses a possibilidade de (...) uma segunda onda da epidemia no país é muito baixa", completou. 

No sábado à noite, moradores de Wuhan, a metrópole do centro do país onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez. no final de 2019, comemorou a chegada do Ano do Coelho com fogos de artifício, flores e oferendas aos mortos pelo vírus.

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