Estudo estima que a taxa diária de mortalidade no país deve aumentar durante este fim de semana, em que ocorre o evento do Ano Novo Lunar. Porém, o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças afirmou que a China não vai sofrer uma segunda onda de contágios nos próximos dois a três meses
Chineses participam de importante evento do calendário lunar neste fim de semana (STR/AFP)
A China registrou quase 13 mil mortes relacionadas com a covid em hospitais, entre 13 e 19 de janeiro, depois de uma autoridade de alto escalão da Saúde afirmar que a grande maioria da população já havia contraído o vírus.
Há uma semana, o governo chinês informou que quase 60 mil pessoas morreram de covid em hospitais, até 12 de janeiro.
Esses dados não incluem pessoas que morreram em casa.
A Airfinity, uma consultoria independente, estimou que a taxa diária de mortalidade na China atingirá o pico de 36 mil durante o Ano Novo Lunar neste fim de semana.
A China já superou o pico de casos, segundo os registros de internações em clínicas, pronto-socorros e unidades de terapia intensiva, disse Guo Yanhong, funcionário de alto escalão da Comissão Nacional de Saúde, na quinta-feira.
Baixa probabilidade de segunda onda
As autoridades de transporte chinesas projetam que, entre este mês e fevereiro, serão feitas mais de dois bilhões de viagens, um dos maiores movimentos de pessoas do mundo.
Na quarta-feira, o presidente Xi Jinping manifestou sua preocupação com a propagação do vírus nas áreas rurais da China, que têm menos recursos de saúde.
Segundo ele, cerca de 80% da população já foi infectada.
No sábado à noite, moradores de Wuhan, a metrópole do centro do país onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez. no final de 2019, comemorou a chegada do Ano do Coelho com fogos de artifício, flores e oferendas aos mortos pelo vírus.