Em apenas 20 anos, três quartos da população adulta do Brasil poderão ser classificados como obesos ou com sobrepeso.
(Foto: Divulgação)
No próximo dia 11 de outubro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e a Quarta Fit desta semana traz um alerta sobre o tema, pois é importante refletir sobre um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo. Descrita como um mal do século, a obesidade é considerada uma doença crônica progressiva e uma epidemia global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo estão acima do peso, destes, 500 milhões são considerados obesos.
Uma pesquisa apresentada no Congresso Internacional sobre o tema em 2024, realizado em São Paulo, revela dados alarmantes: com base nas tendências atuais, quase metade dos adultos brasileiros (48%) podem apresentar sobrepeso até 2044. Isso significa que, em apenas 20 anos, três quartos da população adulta do Brasil poderão ser classificados como obesos ou com sobrepeso. Atualmente, 56% dos brasileiros já se enquadram nessas categorias.
Segundo o Dr. Edson Ramuth, fundador do Emagrecentro, rede referência nas áreas de emagrecimento e estética corporal, entre os principais fatores que enfrentamos hoje, destacam-se:
Sedentarismo
“Vivemos em uma era marcada pela tecnologia e pela conveniência, onde muitas atividades diárias são realizadas de forma sedentária, como trabalhar em frente ao computador, assistir à televisão e utilizar transportes motorizados para deslocamentos curtos”, explica Ramuth. Ele também ressalta que a inatividade física leva à diminuição do gasto calórico, resultando no acúmulo de gordura corporal. “Quando as calorias consumidas excedem aquelas queimadas pelo corpo, o resultado é o ganho de massa excessiva, que, ao longo do tempo, pode se transformar em algo grave”, complementa.
Dr. Edson Ramuth, fundador da Emagrecentro (Foto: Divulgação)
Hábitos alimentares inadequados
Sabemos que os hábitos que temos hoje em nossa sociedade contribuem negativamente para essa realidade. “A rotina insana muitas vezes limita o acesso da população a uma alimentação adequada, levando-nos a optar por alternativas mais rápidas, como o fast food, que resultam em uma dieta pouco saudável, rica em calorias, gorduras e açúcares, criando um ciclo vicioso”, relata Edson.
Em muitas regiões do Brasil, os produtos frescos, como frutas e verduras, são escassos ou caros, enquanto os alimentos ultraprocessados são mais acessíveis e baratos.
Doenças crônicas
Não podemos esquecer que a obesidade está ligada a doenças crônicas, como diabete, hipertensão e problemas cardiovasculares, que aumentam o risco de complicações. Pressões sociais e padrões de beleza criam estigmas, contribuindo para problemas emocionais como ansiedade e depressão, que podem resultar em comportamentos alimentares disfuncionais.
“É importante buscar profissionais qualificados para diagnóstico e orientação. Para entender as causas e desenvolver estratégias eficazes, proporcionando um plano individualizado que atende às necessidades de cada pessoa e promovendo um estilo de vida melhor”, orienta o médico.
Além disso, ele aborda a importância da prevenção e como certos hábitos podem ajudar a evitá-los. Manter uma alimentação balanceada, consumindo uma variedade de proteínas, saladas, verduras, legumes e limitar a ingestão de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares é fundamental.
A prática regular de atividade física também é importante. Isso inclui aeróbicos, como natação e dança, fortalecimento muscular, como alongamentos e musculação, além de opções recreativas, como andar de patins, pedalar e jogar esportes coletivos. “Exercícios são aliados poderosos já que contribuem para o controle do peso, fortalece músculos e ossos e eleva o humor e a autoestima”, finaliza Ramuth.
Viu aí, frangolino? A Quarta Fit já alertou anteriormente sobre os perigos do sedentarismo, a falta de atividade física, maus hábitos alimentares e o consumo de ultraprocessados. Diversas doenças podem ser evitadas com pequenos ajustes no dia a dia. Movimente-se. Coma bem. Caminhe mais. Opte pelas escadas, ao invés dos elevadores. Mudando um pouquinho de cada vez já vai te ajudar a não fazer parte da estatística de obesidade. Segue o plano que vai dar certo!