Portadora do vírus HIV encoraja outras pessoas a contarem suas histórias e principalmente, a quebrarem o tabu em relação ao vírus causador da aids.
(Foto: Gilson Melo)
Foi aos 37 anos de idade que a aposentada Marlúcia Leite da Silva, hoje com 59, descobriu ser portadora do vírus HIV. Ela conta que a descoberta veio após dois anos do término de seu casamento, quando contraiu doenças como neurotoxoplasmose. A mudança em seu corpo fez com que ela fosse encaminhada para realização do teste, que detectou o vírus em seu sangue.
Marlúcia Leite convive há mais de 20 anos com o vírus HIV, que contraiu do ex-marido. (Foto: Gilson Melo)
Vinte anos após a confirmação do vírus, Marlúcia Silva comenta que sua saúde é estável. O importante, conforme ela, é não deixar o tratamento de lado, bem como o acompanhamento médico. Ela também destaca que o vírus não a impede de ter uma vida sexual ativa.
Marlúcia Silva integra o Movimento Regional das Cidadãs Posithivas que acolhe outras mulheres com HIV no Amazonas. Ela encoraja outras pessoas a contarem suas histórias e principalmente, a quebrarem o tabu em relação ao vírus causador da aids.
Tratamento em Avanço
De acordo com o médico infectologista Noaldo Lucena, muitos têm sido os avanços no combate ao HIV e a Aids. Ele afirma que novas drogas têm surgido como grandes promessas de tratamentos cada vez mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
"Temos as classes de medicamentos mais novas como os inibidores de integrase, com seu rápido efeito em controlar a quantidade de vírus. E temos também representantes importantes na classe dos inibidores de protease, potentes no controle da doença", explicou ele.
Acompanhamento no AM
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), por meio da Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), informa que a rede básica de saúde disponibiliza testes para HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C, que são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Caso o paciente tenha dois testes reagentes para o HIV, ele é diagnosticado com o vírus e encaminhado para alguma Unidade Básica de Saúde (UBS) que faça o manejo clínico da pessoa que vive com o vírus, ou encaminhado a alguma policlínica especializada da Semsa Manaus ou para FMT-HVD.
Nesses espaços, o paciente vai receber o apoio de uma equipe multidisciplinar de enfermagem, de médico, que realiza a uma avaliação clínica e indicação do tratamento, e também ele vai fazer acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização de exames. A pessoa irá iniciar o medicamento antirretroviral para suprimir a carga viral do HIV e melhorar sua imunidade.