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Termelétrica a gás em Carauari deve gerar arrecadação de R$ 2 bilhões/ano, diz governo

Projeto inclui linha de transmissão de 790 quilômetros até Manaus, onde se interligará ao SIN. Receita de R$ 50,5 bilhões, num período de 25 anos, entraria no caixa do Estado na forma de royalties, participação especial e ICMS

ACRÍTICA.COM
22/06/2016 às 21:08.
Atualizado em 11/03/2022 às 23:10

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O governador José Melo (Pros) recebeu na tarde desta quarta-feira, 22 de junho, um grupo de executivos da Rosneft Brasil, subsidiária brasileira da empresa russa que substituiu a HRT Participações no controle do projeto de exploração de gás natural e petróleo da Bacia do Solimões, no Amazonas. As informações são da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).

Liderados pelo diretor geral da Rosneft Brasil, Júlio Moreira, o grupo apresentou ao governador e à equipe de secretários o Projeto de Monetização do Gás do Solimões, que visa a implantação de uma termelétrica em Carauari, com linha de transmissão de 790 quilômetros até Manaus, onde se interligará ao Sistema Nacional de Energia (SIN).

Entre os benefícios do projeto para o Amazonas estaria uma estimativa de receita de aproximadamente R$ 50,5 bilhões, num período de 25 anos, na forma de royalties, participação especial e ICMS, além de promover a expansão da interiorização do atendimento elétrico aos municípios do Amazonas.

“Estudos demonstraram que uma termelétrica a gás, exportando energia para Manaus e os municípios no caminho é a melhor opção de monetização do gás explorado na bacia do Solimões”, explicou Júlio Moreira, que obteve sinalização positiva do governador José Melo em relação ao apoio e à parceria necessária para a viabilização do projeto.

“O Projeto é nosso. Temos todo o interesse em atrair investimentos que possam nos ajudar a desenvolver o interior do Amazonas”, disse José Melo, ao colocar à disposição do projeto a equipe de governo, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplan-CTI), que atua no desenvolvimento da nova matriz econômica do Estado.

Ainda de acordo com os executivos da Rosneft os estudos mostraram que a termelétrica seria competitiva no leilão de energia do governo federal. De acordo com a empresa, um agente de transmissão e alguns agentes de geração térmica a gás, atuantes no setor elétrico brasileiro, demonstraram interesse no projeto de monetização do gás do Solimões.  

“Sem dúvida, esta é uma boa alternativa para alcançarmos eficiência energética substituindo os sistemas isolados do interior que são caros e poluentes, por uma energia mais verde”, observou o secretário da Seplan-CTI, Thomaz Nogueira, que acompanhou a reunião, ao lado dos secretários de Fazenda (Sefaz), Afonso Lobo, de Administração (Sead), Evandro Melo, de Meio Ambiente, Antonio Stroski e da diretora-presidente do Instituto e Proteção da Amazônia (Ipaam), Ana Aleixo.

Clusters - A Rosneft mantém na Bacia de Solimões três clusters, sendo um de gás, um de petróleo e um terceiro voltado para exploração sísmica. Localizadas na região do rio Solimões, próximo às reservas de Urucu, no Juruá, onde a Petrobras também explora gás e petróleo, as reservas contingentes de gás da Bacia do Solimões têm potencial de produção de até 5,5 milhões de metros cúbicos/dia a serem exploradas em 25 anos, suportando uma térmica de 1,3 GW (gigawatt) de energia.

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