Governador do Amazonas prevê uma redução de R$350 milhões na arrecadação e vai dar resposta a professores somente em janeiro
(Foto: Márcio Silva)
O governador Wilson Lima (UB) disse que está organizando as finanças do Estado para ver se é possível o pagamento do abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A definição se haverá ou não o repasse deve sair somente em janeiro. A declaração foi dada a jornalistas durante entrega de 500 títulos definitivos pelo programa habitacional Amazonas Meu Lar, nesta quinta-feira (21).
“A gente teve uma frustração de receita esse ano e dificuldade muito grandes honrar alguns compromissos. A gente está esperando o fechamento do mês de dezembro. A gente não consegue fazer mais nada esse ano, mas estamos tentando ver se conseguimos fazer alguma coisa no mês de janeiro”, declarou Wilson Lima.
Pela tarde, o governador deve se reunir com o secretário de Fazenda, Alex Del Giglio, para debater como ficará o pagamento de fornecedores para dar prioridades a execução de repasses à áreas prioritárias.
“Por exemplo que têm funcionários como agente de portaria, os maqueiros que são prioritários. Nesse momento, a gente está com conversando com fornecedores e vendo com a gente conduz essa situação”, disse.
O governador prevê a perda de R$350 milhões de arrecadação, abaixo dos R$900 milhões previstos para este ano. Em agosto, foi publicado um decreto disciplinando os gastos da máquina pública em razão da queda de arrecadação. Em mais de uma ocasião, a Secretaria de Fazenda (Sefaz) justificou que a baixa arrecadação é uma herança da pandemia devido a estagnação da economia mundial, mudança na política de cobrança dos combustíveis, altas taxas de juros para crédito ao consumidor.
Prefeitura
Wilson falou sobre o Fundeb um dia após o prefeito de Manaus, David Almeida confirmar que não pagará o abono aos professores da rede municipal de ensino devido uma queda na arrecadação. O gestor municipal declarou, porém, que parará a data-base da classe no momento acordado.
“Esse ano nós recebemos menos do que o ano passado e nós não temos saldo para fazer o abono esse ano. Infelizmente, pela primeira vez acontece isso: receber menos recursos no ano posterior do que o ano anterior e isso fez com que impactasse muito as nossas finanças", afirmou David.