Debate sobre estiagem é o centro das atenções do IX Fórum de Logística do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam)
IX Fórum de Logística do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam) (Foto: Paulo Bindá)
Iniciou nesta terça-feira o IX Fórum de Logística do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam), que tem a estiagem deste ano como tema central. O encontro reuniu dezenas de empresários da Zona Franca de Manaus e empresas de navegação.
Com o tema ‘E se a seca de 2024 for pior do que em 2023’, o evento está sendo promovido pela Comissão de Logística do Cieam, que atua na instituição há mais de uma década. A segunda parte do evento será nesta quinta-feira, com representantes do governo federal.
Além dele, compuseram a mesa o presidente-executivo do Cieam, Lúcio Flávio, e representantes das empresas de navegação Aliança, Log-In e Norcoast Logística.
A avaliação geral dos palestrantes é que a seca de 2024 pode, sim, ser similar ou pior que a do ano passado, quando as empresas tiveram de gastar cerca de R$ 1,4 bilhão a mais com custos decorrentes de logística. Eles cobram medidas efetivas do governo para o cenário previsto.
Segundo o coordenador da Comissão de Logística do Cieam, Augusto Rocha, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alckmin, garantiu aos representantes da indústria que a dragagem dos rios seria feita ainda em maio, prevendo um cenário crítico no segundo semestre.
A previsão, porém, foi tida como improvável por executivos presentes no evento, considerando que dragas chinesas ou holandesas, consideradas adequadas para o serviço, demoram entre 60 e 90 dias para chegar à região.
Presente no encontro, o secretário-executivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Gustavo Igrejas, avaliou que fazer trabalhos prévios é importante para minimizar os danos de uma possível nova estiagem severa.
Igrejas também avaliou que a dragagem realizada no ano passado para facilitar o fluxo de embarcações não teve o efeito esperado.