Elas comandam o mundo dos jogos e da tecnologia, assumindo funções de destaque no setor
Pesquisa da ONU revela que elas são 33% da força de trabalho nas 20 maiores empresas globais da área tecnológica (Márcio Silva)
O mundo é delas! No universo da tecnologia, e, em especial, no desenvolvimento de jogos, elas são protagonistas. As mulheres têm assumido profissões de destaque nesses setores. Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas, a ONU, revela que elas representam 33% da força de trabalho nas 20 maiores empresas globais da área tecnológica, e que uma em cada quatro delas está em posições de liderança.
A professora pesquisadora do Laboratório de Tecnologia, Inovação e Economia Criativa da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Cristina Araújo é um exemplo disso. Com mais de 15 anos dedicados à área de Engenharia de Software, Cristina conta que a paixão por esse meio começou cedo.
Em relação às mulheres nessa área, a professora avalia que é necessário apostar em iniciativas que busquem incentivar a participação feminina na tecnologia.
Quebrando barreiras
Apesar dos avanços, o número de mulheres em profissões relacionadas à tecnologia, ainda pode se expandir. Mas para isso, é essencial quebrar alguns obstáculos. Membro do projeto, a aluna Iamille Maruoka Vieira diz que sempre se interessou por jogos eletrônicos. Para ela, mulheres devem incentivar mullheres.
Comprometimento e paixão
As possibilidades dentro do mercado de games são diversas. Na área de programação, por exemplo, é possível atuar na área de mecânicas dos jogos, nos códigos, etc. Na arte, existem os animadores, modeladores, por exemplo. A desenvolvedora Fernanda Pinto Lopes conta que em qualquer área a ser seguida, é necessário, acima de tudo, ‘comprometimento e paixão’.
Em outras palavras, a união de forças em prol da participação feminina dentro desse mercado é peça-chave para que ainda mais mulheres entrem e fiquem no mundo da tecnologia e no universo dos jogos.
Mulheres inspirando outras mulheres
Incentivar a participação feminina nas áreas tecnológicas ainda é um desafio global. Em Manaus e no interior do Estado, projetos voltados a isso são feitos pelas próprias mulheres, entre eles o 'Cunhantã Digital', projeto que surgiu em 2015 na Universidade Federal do Amazonas.
Segundo a Co-fundadora Cunhantã Digital, Tanara Lauschner, o projeto realiza ações como palestras e exposições sobre a presença das mulheres no mercado tecnológico.
No município de Itacoatiara, distante 268 quilômetros da capital amazonense, outro projeto, dentro da universidade federal, tem o mesmo propósito. É o 'Ei, Mana', que também quer inserir mais mulheres no universo da tecnologia, conforme destaca a coordenadora do projeto, Odette Passos.
Blog
Beatrice Praia
Gamer e Designer Digital
"Games têm gênero? A resposta para essa pergunta é SIM. Falamos O Game ou O Jogo (Masculino) mas as pessoas que usam este serviço não são apenas homens. Vivemos a “Era das Mulheres” e o universo dos Games também já é tomado por elas. O público feminino no mundo dos games representa 47%. Os games estão em nossas rotinas, da jogadora casual à profissional. Mas infelizmente não é só sentar e jogar. Quando o jogo vai para a interação, mulheres enfrentam assédio, perseguição e agressão. Você, mulher gamer, se passar por qualquer tipo de desrespeito, entre em contato com a empresa responsável pelo jogo para que o agressor seja banido. É muito gratificante saber que, apesar das dificuldades, não desistimos. Assim nos mantemos conectadas. E que a nossa voz ecoe cada vez mais alto!"