Jogos eletrônicos

Mulheres exercem protagonismo no mercado dos games

Elas comandam o mundo dos jogos e da tecnologia, assumindo funções de destaque no setor

Rebeca Beatriz
online@acritica.com
02/04/2023 às 15:30.
Atualizado em 02/04/2023 às 15:32

Pesquisa da ONU revela que elas são 33% da força de trabalho nas 20 maiores empresas globais da área tecnológica (Márcio Silva)

O mundo é delas! No universo da tecnologia, e, em especial, no desenvolvimento de jogos, elas são protagonistas. As mulheres têm assumido profissões de destaque nesses setores. Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas, a ONU, revela que elas representam 33% da força de trabalho nas 20 maiores empresas globais da área tecnológica, e que uma em cada quatro delas está em posições de liderança. 

A professora pesquisadora do Laboratório de Tecnologia, Inovação e Economia Criativa da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Cristina Araújo é um exemplo disso. Com mais de 15 anos dedicados à área de Engenharia de Software, Cristina conta que a paixão por esse meio começou cedo.

“Sempre tive interesse por computadores e foi o que me fez escolher os cursos iniciais em computação ao participar de processos seletivos como o da universidade. A área de jogos é fascinante e criativa, proporciona levar alegria às pessoas por meio do entretenimento”, disse.

Em relação às mulheres nessa área, a professora avalia que é necessário apostar em iniciativas que busquem incentivar a participação feminina na tecnologia.

“Podemos incentivar e reconhecer seus resultados, pois é uma luta árdua e diária para ela estar em qualquer posição, fomentar mais iniciativas que atraiam mais mulheres e que também façam elas permanecerem na área sem desistir, para que possamos mudar as estatísticas do nosso gênero no mercado”, comenta.

Quebrando barreiras

Apesar dos avanços, o número de mulheres em profissões relacionadas à tecnologia, ainda pode se expandir. Mas para isso, é essencial quebrar alguns obstáculos. Membro do projeto, a aluna Iamille Maruoka Vieira diz que sempre se interessou por jogos eletrônicos. Para ela, mulheres devem incentivar mullheres.

“A primeira coisa a ser feita é desconstruir a ideia de que apenas homens são capazes de lidar com tecnologia. Além disso, é interessante sempre se destacar mulheres importantes no meio tecnológico para que essas mulheres incentivem outras mulheres”, explica.

Comprometimento e paixão

As possibilidades dentro do mercado de games são diversas. Na área de programação, por exemplo, é possível atuar na área de mecânicas dos jogos, nos códigos, etc. Na arte, existem os animadores, modeladores, por exemplo. A desenvolvedora Fernanda Pinto Lopes conta que em qualquer área a ser seguida, é necessário, acima de tudo, ‘comprometimento e paixão’. 

“Acho incrível trabalhar com jogos, as oportunidades dentro da área, o que ela engloba. Todo o trabalho que envolve esse mundo vai além de fazer um jogo, envolve diferentes técnicas e muito comprimento e paixão das pessoas envolvidas”.

Em outras palavras, a união de forças em prol da participação feminina dentro desse mercado é peça-chave para que ainda mais mulheres entrem e fiquem no mundo da tecnologia e no universo dos jogos.

Mulheres inspirando outras mulheres

Incentivar a participação feminina nas áreas tecnológicas ainda é um desafio global. Em Manaus e no interior do Estado, projetos voltados a isso são feitos pelas próprias mulheres, entre eles o 'Cunhantã Digital', projeto que surgiu em 2015 na Universidade Federal do Amazonas. 

Segundo a Co-fundadora Cunhantã Digital, Tanara Lauschner, o projeto realiza ações como palestras e exposições sobre a presença das mulheres no mercado tecnológico.

“Participamos em escolas, faculdades e no mercado de trabalho levando informações sobre a área da tecnologia. A idéia é mostrar que mulheres podem se destacar onde quiserem. Nossa ideia é manter um lugar de acolhimento e troca de experiências”, comenta.

No município de Itacoatiara, distante 268 quilômetros da capital amazonense, outro projeto, dentro da universidade federal, tem o mesmo propósito. É o 'Ei, Mana', que também quer inserir mais mulheres no universo da tecnologia, conforme destaca a coordenadora do projeto, Odette Passos.

“Nós realizamos eventos voltados para a participação da mulher na tecnologia e da computação. São palestras, oficinas, realizadas em escolas e universidades. Infelizmente ainda existe uma resistência na sociedade, e o ‘Ei, Mana’ vem para ajudar a mudar essa situação”, resume.

Blog

Beatrice Praia

Gamer e Designer Digital 

"Games têm  gênero? A resposta para essa pergunta é SIM. Falamos O Game ou O Jogo (Masculino) mas as pessoas que usam este serviço não são apenas homens. Vivemos a “Era das Mulheres” e o universo dos Games também já é tomado por elas. O público feminino no mundo dos games representa 47%. Os games estão em nossas rotinas, da jogadora casual à profissional.   Mas infelizmente não é só sentar e jogar. Quando o jogo vai para a interação, mulheres enfrentam assédio, perseguição e agressão. Você, mulher gamer, se passar por qualquer tipo de desrespeito, entre em contato  com a empresa responsável pelo jogo para que o agressor seja banido. É muito gratificante saber que, apesar das dificuldades, não desistimos.  Assim nos mantemos conectadas. E que a nossa voz ecoe cada vez mais alto!"

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