SPICE GIRLS

Passagem do grupo Spice Girls pelo Amazonas completa 20 anos e é relembrado por fãs

Quinteto de cantoras britânicas que se tornou fenômeno mundial visitou Manaus em 1997 para divulgar disco e ainda fez mini show no Teatro Amazonas

Tiago Melo
12/11/2017 às 18:02.
Atualizado em 12/03/2022 às 18:00

(Membros das Spice Girls na sacada do Teatro Amazonas (Foto: Reprodução))

O ano de 1997 foi apimentado, ou melhor dizendo, foi o ano de cinco garotas britânicas, conhecidas como as Spice Girls, dominarem o mundo. O grupo, que surgiu em 1994 sob o nome de Touch, só adotou a alcunha de “garotas apimentadas” dois anos depois. E se em 1996 elas estouravam com o single “Wannabe”, foi somente no ano seguinte, com o lançamento do segundo álbum “Spiceworld”, que elas se consagraram no cenário da música pop. 

No mesmo ano, o filme “O Mundo das Spice Girls” chegava às telonas e terminava de arrebatar aqueles que ainda não tinham se rendido à música do quinteto. Ainda em 97, elas colheram os louros do fenômeno mercadológico que eram, como os dois prêmios no Brit Awards e a marca de 36 milhões de cópias vendidas do primeiro álbum (“Spice”, 1996). Fato que o tornou o terceiro mais vendido do ano e da década. 

Mas para os fãs manauaras de Emma, Geri, Mel B, Mel C e Victoria, o ano teve um significado especial por conta da vinda delas à capital amazonense. Em uma jogada de marketing, para divulgar o disco “Spiceworld”, as garotas viajaram o mundo com um grupo de mais de 50 fãs, escolhidos através de uma premiação da gravadora do grupo, a Virgin Records International. Dentre os destinos, estavam Japão, Istambul e Manaus, onde passaram dois dias “turistando” e depois seguiram para Las Vegas. 

Foto: Arquivo A Crítica

Missão jornalística

De acordo com a jornalista Cristina Magda, que fez a cobertura televisiva da vinda delas na época, as britânicas se hospedaram no Hotel Tropical, andaram de iate, visitaram comunidades ribeirinhas e concluíram a passagem com uma coletiva no Teatro Amazonas (com direito a um show na sacada para os fãs que se aglomeravam na rua).

“A vinda delas foi uma coisa louca. Parecia que estavam chegando os Beatles. Era gente passando mal, subindo pelas paredes, muitos jovens faltando aula, uma gritaria sem fim”, relembra a jornalista, que, como fã da banda, teve de se segurar para não se comportar mal também. “Eu era uma jornalista ainda em início de carreira, fui profissional, mas minha vontade era tirar foto, tietar e tudo”, disse ela.  

Foto: Divulgação

Dentre todas as experiências com artistas internacionais que teve, Cristina ressalta que a das Spice foi a mais legal e marcante, não apenas por ser fã (tanto que comemorou quando foi incumbida da pauta), mas também pela simplicidade do grupo. 

“Era um dia como outro qualquer. Como eu tinha um inglês razoável e teria de entrevistá-las, me escalaram para a missão. Apesar de estar acostumada com matérias de política, polícia e cidades, acabou que nem foi tão difícil. Elas agiram como pessoas normais mesmo. Naturais e solícitas, elas atenderam a todos e responderam às perguntas. Algo que não se vê tanto hoje em dia em artistas do mesmo nível”, comentou a jornalista. 

‘Stalker’ mirim

Com “informações privilegiadas” da mãe de um colega que possuía uma loja de artesanato dentro do Hotel Tropical, a médica Fátima Franco, então com 13 anos, foi acompanhada de mais três amigos atrás da banda que estava hospedada no hotel. “Soubemos com antecedência que elas se hospedariam lá e no dia nos preparamos para encontrá-las”, conta ela.

O encontro, de acordo com Fátima, aconteceu por acaso no corredor do hotel, que estava cheio de seguranças.  “Tivemos que driblá-los, fingimos que éramos hóspedes e que estávamos indo para a piscina. Quando de repente vimos no corredor a minha spice favorita, a Geri Halliwell, e a Mel C. Foi incrível, conseguimos autógrafos com elas em uma folha de caderno”, lembra a médica.

Festa entre os fãs

Em comemoração aos 20 anos da vinda do grupo a Manaus, o DJ, designer e empresário Rafael Froner realiza, no próximo dia 2 de dezembro, a partir das 20h, a 3ª edição da Festa Rebobinar, no Studio Sonora Music, na av. Álvaro Maia, 736, Presidente. Vargas. O ingresso pode ser adquirido na hora no valor de R$ 10. “A festa será um happy hour com videoclipes do melhor das décadas de 80, 90 e 2000. Vai ter de tudo um pouco: rock, pop, brasilidades e muito guilty pleasure. No meio de tudo isso, vamos inserir os sucessos das Spice Girls”, explicou ele, que não realiza uma nova edição da Rebobinar desde 2013. 

O objetivo do evento, conforme o organizador, é poder reunir o fã clube manauara para relembrar a passagem do grupo pela cidade. Com 11 anos na época, Froner lamentar não ter ido ver o quinteto no Teatro Amazonas. “Na época ainda estava na minha fase Xuxa e TV Colosso. Só me tornei fã mesmo no ano seguinte, quando as conheci em uma revista Capricho. Desde então, acompanhei toda a trajetória delas e hoje possuo a discografia, os DVDs, LPs, singles, etc. Até o jogo para PlayStation 1 delas eu cheguei a ter”, concluiu Froner.

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