VISÃO

Especialistas ensinam como minimizar efeitos do tempo excessivo em frente às telas

De acordo com o médico oftalmologista, Swammy Mitozo, o ideal é fazer pausas regulares durante o período de uso, para evitar fadiga nos olhos

Mayrlla Motta
25/03/2018 às 13:12.
Atualizado em 12/03/2022 às 21:00

(Confira as melhores dicas para evitar os impactos negativos do tempo excessivo em frente às telas (Foto: Reprodução))

Será se ainda é possível viver sem o telefone celular ou computador? Ao menos que você não precise deles para atividades essenciais da vida como o trabalho, infelizmente a resposta é não. No entanto podemos diminuir o uso, e assim, evitar os impactos negativos que a utilização excessiva pode trazer para a visão e corpo em geral. 

Agora como diminuir o uso dos aparelhos se precisamos dele para fazer quase tudo no dia a dia? De acordo com o médico oftalmologista, Swammy Mitozo, o ideal é fazer pausas regulares durante o período de uso, para evitar fadiga nos olhos. Quando não fazemos isso, as conseqüências logo surgem. “A Fadiga ocular sem dúvida é uma delas. Ela é caracterizada por dor nos olhos, dores de cabeça, olhos vermelhos, falta de atenção e dificuldade na concentração”, explica.

Nas crianças a atenção deve ser redobrada, não só pelo uso que pode ser prejudicial à saúde como também os conteúdos que a criança tem acesso no telefone ou tablet. “O uso de tabletes, computadores e smartphones por crianças e adultos é uma realidade sem volta. O que devemos fazer é nos relacionar com essas tecnologias de uma maneira saudável, para evitar assim, abusos e consequências nocivas para saúde”, complementa.

Outro alerta do especialista em oftalmogeriatria (foto ao lado) é a cerca do uso do celular à noite, principalmente nas madrugadas. “À noite a pupila, região nos olhos que controla a entrada da luz, se dilatada e permite a entrada de toda a iluminação dos equipamentos eletrônicos. Isso pode, em longo prazo, desencadear problemas na retina; além da influência negativa no ciclo de sono podendo causar inclusive insônia”, finaliza o oftalmologista.

Exercícios e alongamentos

Os exercícios e alongamentos também ajudam a diminuir a tensão do uso desses aparelhos eletrônicos. A fisioterapeuta, Samara Mamam explica que pelo fato de ficarmos por muito tempo em frente ao computador ou até mesmo teclando no celular adquirimos posturas inadequadas. 

Entre as áreas mais afetadas destaca-se o pescoço. “Por passar muito tempo inclinado para baixo, isso pode gerar uma compressão dos discos e gerar dor. Já o uso do celular, também gera desconforto no pescoço devido à inclinação e longos períodos digitando principalmente com o polegar, isso pode gerar artroses dos dedos e tendinopatias dos tendões do polegar”, explica a especialista.

Os exercícios recomendados por Samara são alongamento da músculos do pescoço, com mais frequência, alongamentos dos ombros, cotovelos e punhos. No pescoço podemos inclinar para um lado direito e para o esquerdo e manter de 15 a 20 segundos. Olhar pra cima e para baixo, olhar para direita e esquerda e manter os segundos. Repetir de duas a três vezes.

Já nos membros superiores a recomendação da especialista é estender os braços com os cotovelos esticados na frente e na altura dos ombros, flexionar os punhos para cima e para baixo manter de 15 a 20 segundos, repetir de duas a três vezes. Esticar os dedos, fazer movimentos rotação com os punhos fechados, ou até mesmo apertar uma bolinha por 10 segundos e depois soltar por 3 segundos, por mais ou menos uns cinco minutos.

A fisioterapeuta recomenda que coloquemos o computador na altura dos olhos para evitar inclinação, ou seja baixar a cabeça, assim como quando formos utilizar o celular. “Evite passar longos períodos usando a ferramenta. Para digitar no celular revezar os dedos do polegar para o indicador, fazer alongamentos com mais freqüências e praticar atividade física”, finaliza  Samara.

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