REI DO NORTE

1999 - o ano mágico do São Raimundo e a ascensão do Rei do Norte

Em uma mesma temporada, o Tufão da Colina se sagrou tricampeão amazonense, conquistou pela primeira vez a Copa Norte e ainda conseguiu o acesso à Série B

Denir Simplício
21/11/2016 às 21:01.
Atualizado em 11/03/2022 às 20:02

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“O povo não existe por causa do rei, mas o rei existe por causa do povo”. E o povo veio! A frase do escritor inglês John Milton, retrata bem a ânsia do torcedor amazonense em ver um time do Estado perto da elite do futebol nacional.

Seguindo a série “Ascensão e Queda do Rei do Norte” sobre a década de ouro do São Raimundo, chegamos no 2º capítulo, em que contamos um pouco do acesso do Tufão à Segunda Divisão.

Numa antevéspera de Natal de 1999, um Vivaldão abarrotado de torcedores tanto do São Raimundo como de outros clubes do Amazonas, viu o já coroado Rei do Norte - por ter conquistado a Copa Norte meses antes - dar um show sobre o Serra-ES na decisiva partida do Brasileirão da Série C daquele ano. Com gols de Neto e Guara, o Tufão da Colina fez seu “dever de casa”, como lembra a manchete do Jornal A CRÍTICA do dia 24 de dezembro de 1999, e aguardava decisão de recurso junto à CBF para se garantir na Série B do ano seguinte.

“Vencemos o jogo contra o Serra, no Vivaldão, e éramos pra ter sido declarados campeões da Série C. O Fluminense era pra ter sido o vice do São Raimundo”, relembra IvanGuimarães, dirigente do Tufão à época, comentando que o clube acabou prejudicado com a perda de pontos em jogo contra o Flu, em Manaus.

“Esperamos mais de um mês após aquele jogo, até a CBF declarar que o Serra havia perdido 3 pontos por irregularidade de um atleta deles. Justamente a mesma acusação que nos fez perder 3 pontos”, recorda Guimarães.

Natal dos sonhos

Em tempos em que todos os clubes do Estado sofrem para pagar os compromissos com seus atletas em dia, o Tufão de 1999 dava uma aula de gestão. Como um bom monarca, o Rei do Norte dividia as glórias com seus súditos.

“Lembro que pagamos o 13º e salários de dezembro logo após aquele jogo. Os jogadores de fora tinham de viajar para passar o Natal com suas famílias. Acho que nunca na história um clube do Amazonas fez isso”, recorda com saudosismo, Aderbal Lana, treinador à época.

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