As memoráveis exibições de Pelé em solo manauara

Na última quinta-feira (29), o mundo deu adeus a O Rei do Futebol vivia uma longa batalha contra um câncer no cólon e acabou não resistindo a complicações causadas pela doença. A partida do Rei causou comoção generalizada, reverenciado pelo mundo inteiro, Edson Arantes do Nascimento escreveu uma bela história para cada estádio que pisou. 

Seja com a lendária camisa 10 do Santos, ou a eternizada 10 da amarelinha, Pelé parou guerras, teve atuações apoteóticas e foi ovacionado por cada torcedor que teve o prazer de vê-lo desfilar em campo. E Manaus foi parte do roteiro de exibições do maior de futebol de todos os tempos.

Em solo baré, Pelé atuou em cinco oportunidades, quatro delas vestindo a camisa do Peixe e, em uma única vez, com a camisa da seleção brasileira - esta em um ocasião mais que especial, a inauguração do estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão. Todos esses eventos estiveram sob o olhar do Jornal A Crítica.

O Rei em Manaus

O dia 9 de agosto de 1968 entrou para a história. Foi a primeira vez do Rei Pelé em solo amazonense. Naquela altura da carreira, ele já era considerado o melhor atleta da atualidade. Com a camisa Santos, ele já havia vencido cinco Copas Brasil (Atual Campeonato Brasileiro), bicampeão da Libertadores da América, bicampeão Intercontinental, heptacampeão do Paulistão e bicampeão da Copa do Mundo.

O primeiro adversário foi o Fast, tradicional clube amazonense que sucumbiu a um dos melhores esquadrões do século passado e, saiu derrotado por 3 a 0, do estádio Gilberto Mestrinho (atualmente a Colina). Pelé marcou um tento naquela noite. 

A excursão santista reservava um outro confronto. 11 de agosto de 1968. No mesmo estádio, o Santos se impôs ao Nacional e venceu por 2 a 0 o Leão. Pelé mais uma vez balançou as redes. A sua passagem pelo Amazonas foi coroada com o título do Torneio da Amazônia.

Desfile de um gigante

Uma das mais belas arenas do planeta, a Arena da Amazônia, palco de jogos da Copa do Mundo e peça importante na ascensão recente dos clubes amazonenses, conta com uma rica história em seu sagrado gramado.

Antes de sua ‘atualização’, o principal estádio do Amazonas era o Vivaldo Lima - Vivaldão. Naquele gramado, grandes jogos aconteceram, desde partidas do Brasileirão, a uma exibição que contou com o clube norte-americano New York Cosmos. Mas uma partida em especial, marcou o antigo alçapão amazonense. A abertura, o jogo inaugural, entre a Seleção Amazonense e a Seleção Brasileira.

O duelo aconteceu no dia 5 de abril de 1970. Para uma multidão no lendário estádio, a seleção brasileira bateu a amazonense por 4 a 1, com direito a dois gols do Rei.

Nacional, maior adversário amazonense do Santos

O Nacional viveu momentos de ouro em sua rica história, e uma fatia passa pela genialidade de Pelé. Além da partida da Taça Amazonia em 1968 e, que já foi citada. O Santos retornou ao Amazonas por mais três vezes. No dia 7 de setembro de 1971, Independência do Brasil e dia em que Pelé se tornou Cidadão Amazonense. Como presente, ele marcou um gol na sonora goleada por 5 a 1 no Leão da Vila.

No ano seguinte, no dia 8 de novembro de 1972, o Santos voltou a solo baré, contudo, na manchete do jornal A Crítica daquela data, só havia uma informação importante. A ausência do Rei.

No dia 28 de abril de 1974, o Santos voltou e foi o último ato de Pelé, jogando profissionalmente em gramados amazonenses. A partida era válida pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, o Naça disputava a elite da competição. A partida terminou 1 a o com um gol solitário do maior craque de todos os tempos. 

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