Nesta segunda (4), ligas amazonenses elegeram, Ednailson Rozenha, o novo presidente da Federação Amazonense de Futebol, entretanto, em nota, a entidade afirma não reconhecer legitimamente o ato
(Foto: Reprodução)
Um imbróglio acontece nas eleições para escolha do novo comandante da Federação Amazonense de Futebol (FAF). De um lado, nesta segunda-feira (4) o empresário Ednailson Rozenha foi eleito pelas ligas amazonenses, o novo presidente FAF. Em contrapartida, a entidade emitiu uma nota, repudiando a eleição e afirma não conhecer legitimidade na decisão. A votação ocorreu na sede do Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJDAM), no Conjunto Vieiralves, zona Centro-Sul de Manaus.
As eleições foram definidas após as ligas e mais cinco clubes convocarem uma Assembleia Geral Extraordinária, no último dia 22 de abril. No total 34 entidades filiadas à FAF assinaram o documento. Destes, cinco clubes profissionais: Princesa do Solimões, São Raimundo-AM, CDC Manicoré, Penarol-AM e Tarumã.
Em sua trajetória no esporte, Rozenha já foi presidente do Fast Clube. Foi durante a gestão dele, em 2016, que foi campeão amazonense.
"Quando estive no Fast vi que é possível fazer muita coisa. Temos muita gente que se põe à disposição para fazer. O que a FAF precisava era de sangue novo”, declarou Rozenha.
Em nota, a FAF diz não ter conhecimento da suposta mudança e afirma que o comando da Federação continua na mão do atual presidente: Dissica Valério Thomaz.
Confira a nota
A Federação Amazonense de Futebol (FAF) vem a público repudiar a atitude de dirigentes e de ligas que, tomados por interesses distintos do melhor para o futebol de nosso Estado, fizeram uma suposta eleição, sem qualquer legitimidade, para tentar tomar o comando da FAF.
Os responsáveis por essa atitude ignoraram todo o trâmite judicial que está em curso no Tribunal de Justiça do Amazonas. Ignoraram, também, o edital publicado pela própria Federação que marca a eleição para o dia 23 de setembro, como determinou decisão judicial que segue em vigor. E mais que isso: ignoraram completamente o estatuto da federação a qual pretendem presidir, pois o mesmo diz que a convocação para as eleições deve partir do presidente ou de seu substituto.
A FAF é presidida por Dissica Valério Thomaz e tem como vice-presidente Pedro Augusto de Oliveira, que está ocupando a presidência interinamente. A ele cabe a convocatória das eleições, que pode ser feita durante os dez meses que antecedem o fim do mandato, em dezembro deste ano. Ora, se a eleição está no prazo, e a FAF devidamente representada, a quem interessa fazer uma eleição a toque de caixa, desrespeitando o correto andamento jurídico e sem que sejam aceitos concorrentes?
Todo esse ordenamento legal será plenamente obedecido na eleição convocada para o dia 23 de setembro. Curiosamente, está eleição, que atende todas as exigências do estatuto da FAF, está sendo contestado na Justiça pelo grupo que tenta tomar o comando da federação à força. A troco de quê? Não sabemos.
A FAF não reconhece a legalidade deste ato realizado hoje, que conta com diversas irregularidades e desrespeito ao estatuto da Federação Amazonense de Futebol. Por isso, a atual gestão seguirá cumprindo suas funções e preparando o processo eleitoral para 23 de setembro, um processo como deve ser: democrático, com a participação de diversas chapas e que respeite o ordenamento jurídico estabelecido - tudo o que não aconteceu na suposta eleição deste dia 4 de julho.