VASCO X GUARANI

Minoria do estádio, torcedores do Guarani falam da emoção de reencontrar o time do coração

No pequeno grupo de torcedores tinha gente que veio de Campinas só para ver o jogo, gente que mora em Manaus e até manauara que é bugrino de coração

Camila Leonel
20/05/2022 às 08:55.
Atualizado em 20/05/2022 às 08:55

Teve torcedor que veio de Campinas somente para acompanhar a partida (Foto: Camila Leonel)

Grande reduto de torcedores do Vasco da Gama, era esperado que apesar do mando de campo do Guarani, a torcida do time carioca fosse maioria na Arena da Amazônia. Mesmo assim, alguns pontinhos verdes em meio à massa vascaína representavam o time de Campinas.

Do lado geralmente destinado à torcida visitante, era possível ver algumas bandeiras com o escudo do Campeão Brasileiro de 78, além de alguns pontos verdes.

Um deles era Bruno Viana, que veio de Campinas rumo a Manaus apenas para ver o jogo. Torcedor do Bugre fanático, ele disse que apesar dos sacrifícios, ver o time do coração em campo, faz tudo valer a pena.

"É emocionante demais, apesar de ser sacrificante conciliar com o trabalho, com a vida corrida. Vir para Manaus, pegar um voo de 4h, mas quando eu vejo o jogo me emociono", disse o torcedor que da Arena já iria correr para pegar o voo de volta para a cidade natal.

 Matando a saudade

 Já Paulo Betim é de Campinas, mas mudou-se para Manaus há dois anos. Matando a saudade do time do coração, ele disse que ser a exceção numa multidão de vascaínos, dá ainda mais orgulho de torcer pelo Guarani.

"Ver o Guarani aqui é um sentimento muito gostoso. E isso (ser minoria no estádio) é o que dá mais orgulho, o que mais motoca a gente. Torcer pra um time do interior, sem muita expressão não é para qualquer um", declarou.

 Paixão à distância

 Já Ronaldo é amazonense, mas disse que o coração escolheu o Guarani. A paixão surgiu vendo o time de 86, vice-campeão Brasileiro. Uma vez, apaixonado, ele disse que não largou mais o Bugre.

"Foi uma paixão de criança e quando a paixão pega, ninguém tira mais. Vi o time que se formou em 78 e foi campeão brasileiro, mas me encantei com aquele time maravilhoso de 86 que tinha João Paulo, Evair e Boiadeiro", relembra o torcedor que vê o time jogar em Manaus pela segunda vez. A primeira foi contra o São Raimundo, quando time amazonense jogava a Série B do Brasileiro

 Oportunidade única

 Apesar dos bugrinos se concentrarem numa parte específica do estádio, havia uma vascaína no meio do grupo. A amazonense Jussy Carvajal torce para o Vasco e é casada com o campinense Samuel Silva, que torce para o Guarani.

Morando em Manaus há 12 anos, Samuel explicou que o jogo foi uma oportunidade única para que ele e Jussi vissem de perto o time do coração.

"Viemos juntos porque é uma oportunidade única, mas aqui é um secando o outro. Se perder um chora, o outro ri e se empatar vai os dois dando risada", disse Samuel no intervalo do jogo.

Pelo placar final, que foi 0 a 0, nenhum dos dois voltou triste para casa.

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