Investigado

Eduardo Pazuello é investigado por mortes na crise do oxigênio em Manaus

General da reserva esteve à frente do Ministério da Saúde na pior fase da pandemia de Covid-19

Lucas dos Santos
22/03/2024 às 09:05.
Atualizado em 22/03/2024 às 09:05

(Foto: Agência Brasil)

O deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) passou à condição de investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelas mortes ocorridas durante a crise do oxigênio em Manaus em 14 de janeiro de 2021. A informação foi divulgada pela coluna Radar, da revista Veja. O caso está nas mãos do ministro Gilmar Mendes, que já apura acusações de negligência contra o general, bem como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros ex-membros do governo passado.

Relembre aqui como foi aquele dia em Manaus.

Pelo menos 31 pessoas morreram por falta de oxigênio durante o incidente. Investigações posteriores realizadas pela CPI da Covid no Senado Federal apuraram que a gestão de Eduardo Pazuello, então chefe do Ministério da Saúde, soube antecipadamente do “iminente colapso do sistema de saúde” do estado do Amazonas dias antes.

Documentos enviados à comissão parlamentar de inquérito mostraram que o Governo Federal, comandado por Bolsonaro, soube pelo menos duas semanas antes da possibilidade de ocorrer uma tragédia em janeiro de 2021. O ministério decidiu enviar a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, para acompanhar a situação.

A comitiva da secretária usou a viagem à capital amazonense para lançar a plataforma TrateCov, uma iniciativa na qual todo e qualquer caso era recomendado o tratamento com cloroquina, remédio ineficaz para combater a Covid-19. Mayra Pinheiro chegou a receber o apelido de ‘Capitã Cloroquina’ por sua defesa no uso do medicamento. A pecha foi inclusive utilizada por Mayra Pinheiro ao se candidatar a deputada federal, cargo para o qual não foi eleita.

Nos últimos dias, os membros da CPI da Covid procuraram o atual procurador-geral da República, Paulo Gonet, para retomar as investigações enterradas durante a gestão de Augusto Aras. O senador Omar Aziz (PSD-AM), que exerceu a presidência da comissão, afirmou que novos fatos justificam a reabertura dos inquéritos.

“Tivemos que encaminhar todos os documentos novamente, o que resultou em uma demora para que essas provas chegassem, enquanto os processos estavam sendo arquivados”, disse.

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