Gasoduto chegará às zonas Norte e Leste
O aporte financeiro deve intensificar a expansão da rede de gasoduto na capital, beneficiando mais de 5 mil famílias até o fim do ano (Foto: Márcio Silva)
O governo do Estado vai investir mais de R$ 282 milhões na distribuição de gás natural pela Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), no segundo mandado do governador Wilson Lima (UB). O anúncio foi realizado na manhã desta quarta-feira (15), em coletiva de imprensa na Usina Termelétrica Manauara, zona Rural de Manaus.
O aporte financeiro deve intensificar a expansão da rede de gasoduto na capital, beneficiando mais de 5 mil famílias até o fim do ano. O foco será as Zonas Norte e Leste, que ainda estão isoladas do sistema de distribuição. A ideia, conforme o governador, é permitir a popularização do modal, em especial entre os conjuntos habitacionais. Para isso, a cidade deve receber mais 30 quilômetros de rede de gasoduto.
“Para este ano nosso investimento é de aproximadamente R$ 45 milhões. Temos um programa de expansão dessa rede de distribuição para que outras pessoas possam ter acesso ao gás, mas que não somente as pessoas tenham acesso, mas a gente também possa aumentar a quantidade de veículos circulando com gás natural e a gente trabalhe para que já no ano que vem tenhamos embarcações movidas a gás natural”, disse o governador.
(Foto: Márcio Silva)
O interior, no entanto, ainda estará fora da rota de expansão do gasoduto. Por enquanto, de acordo com Wilson Lima, a distribuição de gás natural para os demais municípios está em estudo que até o momento prevê a o deslocamento do combustível por meio de embarcações.
“Não é fácil construir estruturas como essa. Primeiro por conta dos custos. Segundo é um produto altamente inflamável. Então, você precisa de toda uma estrutura para ser montada. Há todo um transtorno e toda uma dificuldade a ser considerada”, ponderou Lima.
Uma das impasses para a maior distribuição de gás é a alta demanda das usinas termelétricas que consomem cerca de 95% do que é produzido no Amazonas. Por ser uma energia mais limpa e mais barata em comparação a outros combustíveis fósseis, o gás natural tem se apresentado como alternativa para a produção de energia nas termoelétricas. Em Manaus, por exemplo, 100% das térmicas são abastecidas com a produção da Cigás. Os interiores, no entanto, ainda dependem da energia de Balbina e do Sistema Interliga Nacional (SIN).
Nos próximos anos, o estado deve ganhar mais quatro usinas termelétricas, uma na capital e três no município de Silves, sob comando da Eneva. O aumento da produção vai permitir a geração de 1 gigawatt de energia elétrica, quantidade suficiente para abastecer 500 mil residências.
“Vai chegar um momento em que o Amazonas vai ser autossuficiente na geração de energia elétrica por gás natural e vai começar a colocar essa energia no mercado livre [de energia] e começar a exportar também para outras regiões do Brasil”, ressaltou o governador.