Estiagem

Nascente do rio Solimões volta a subir, em Iquitos, Peru

Por outro lado, em Tabatinga, primeiro município brasileiro banhado pelo rio Solimões, o nível da água voltou a diminuir

Waldick Júnior
waldick@acritica.com
15/10/2023 às 12:25.
Atualizado em 15/10/2023 às 12:25

Imagem aérea de um trecho do rio Solimões com bancos de areia que afetam a navegação (Foto: Junio Matos)

A nascente do rio Solimões em Iquitos, no Peru, voltou a registrar subida no nível das águas. Neste domingo, o afluente alcançou a cota de 76,77 metros, um crescimento de 11 centímetros em comparação ao dia anterior. Na semana passada, o nível do rio havia subido até 76,84 metros, mas depois voltou a secar. Os dados são da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa).

“O fenômeno dessa subida e descida do nível do rio está relacionado a chuvas pontuais naquela região, mas não necessariamente indica o encerramento da estiagem nessa área”, afirma o geógrafo e doutor em Clima e Ambiente (Inpa), Rogério Marinho.

De acordo com a plataforma internacional Weather, a expectativa é de chuva na maior parte dos próximos 10 dias, na região. Em padrões normais, a seca na Amazônia vai até outubro, com o inverno chegando em novembro. No entanto, essa previsão pode ser alterada em razão do fenômeno El Niño, que tem reduzido a ocorrência de chuvas na região.

Ainda segundo Rogério Marinho, não é possível afirmar com precisão em quanto tempo a subida do rio em Iquitos poderá influenciar na recuperação do nível do afluente ao longo do seu trecho localizado em solo brasileiro. Em Tabatinga, primeiro município amazonense banhado pelo Solimões, a água chegou a subir no último dia 11 de outubro, mas já voltou a secar novamente.

“É importante destacar que a bacia hidrográfica do Amazonas é vasta e complexa, composta por diversos rios, afluentes e condições climáticas variadas ao longo de sua extensão. Portanto, prever com precisão o tempo que levará para as mudanças no nível do rio em Tabatinga e Iquitos se refletirem em Manaus é um desafio devido a essa complexidade”, ressalta.

Segundo o governo do Amazonas, 23 municípios do estado localizados na calha do rio Solimões (Alto, Médio e Baixo) estão em situação de emergência por causa da seca do afluente. O Solimões é um dos principais corredores aquáticos da região, utilizado para transporte de pessoas e cargas.

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