Entrevista

Plínio Valério é entrevistado no podcast da Coluna Sim & Não

Em entrevista para o podcast Sim & Não, de A CRÍTICA, o senador disse que não tem esperança em um eventual governo petista

Waldick Júnior
online@acritica.com
16/11/2022 às 18:41.
Atualizado em 16/11/2022 às 18:48

(Foto: Reprodução/Yotutube)

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a vontade da equipe de transição do governo Lula (PT) de ‘retirar’ o pagamento do Auxílio Brasil do teto de gastos - permitindo, assim, manter o pagamento de R$ 600 aos mais pobres sem ultrapassar a barreira fiscal atual.

Em entrevista para o podcast Sim & Não, de A CRÍTICA, o senador disse que não tem esperança em um eventual governo petista. “Eles estão querendo agora a PEC da Transição, que aprovemos uma PEC colocando definitivamente no orçamento, furando o teto, R$ 600 do Bolsa Família”, comentou o parlamentar, em tom crítico.

A equipe de transição liderada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) deve apresentar a proposta de mudança no teto de gastos ainda nesta semana. 

Reforma

Durante a entrevista, Plínio  Valério também defendeu o avanço da Reforma Tributária no Congresso a partir do próximo ano e disse que a bancada de parlamentares amazonenses está preparada para barrar o texto, caso haja prejuízos à Zona Franca de Manaus.

“O relatório que não  garantir a Zona Franca não vai ser votado por nós”, disse, e acrescentou “não podemos deixar nunca que passe algo ruim no Senado [em relação à ZFM]”.

Apesar de garantir a defesa do Polo Industrial, o senador afirmou que é preciso “substituir esse modelo Zona Franca, urgente”. Como alternativa, propôs avançar em pautas, hoje, consideradas sensíveis, como a mineração na Amazônia.

“Um buraco de mineração que você explore... O potássio, vamos pegar o potássio de Autazes. Dá, no mínimo, 25 mil empregos”, afirmou, se referindo a um empreendimento hoje embargado pela Justiça Federal do Amazonas por afetar territórios indígenas de Autazes.

Parlamentar que tem como uma de suas bandeiras a rodovia BR-319, Plínio disse que não tem esperanças de a estrada ser repavimentada no novo governo. Ele já havia demonstrado expectativa na gestão de Bolsonaro (PL), mas também não aconteceu.

“A BR-319 era prioridade do ministro Tarcísio, eu conversei com ele, [mas] todas as vezes em que eles apresentavam o projeto, vinha o Ibama, vinha a Funai”, comentou.

Ainda nesse ponto, o senador foi questionado sobre a possibilidade de ser criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os possíveis culpados pelos desabamentos de pontes na rodovia. Plínio, porém, acredita que esse tipo de apuração não caberia ao Senado.

“O pedido de investigação está sendo feito, comandado pelo Dnit, eu não sei se os órgãos públicos estão... Eu te confesso que a minha primeira ação foi tentar resolver o problema”, disse, uma referência à busca por uma balsa ou outra alternativa que permitisse a retomada do tráfego nos trechos das pontes logo após os incidentes.

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