Vice-presidente da República também presidirá reunião do CAS com investimento previsto de R$ 727 milhões e participará da inauguração do Distrito de Micro Empresas de Manaus
(Foto: Divulgação)
Vinte anos após a inauguração, o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) passará a ter personalidade jurídica e será gerenciada por uma organização social. A cerimônia de assinatura de contrato de gestão, que passará a administração da autarquia para a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), será realizada nesta terça-feira (25) com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A última etapa para emancipação do CBA deve permitir a arrecadação de investimentos e o avanço da pesquisa científica na região.
Essa é a segunda vez em 4 meses que o vice-presidente desembarca em Manaus para participar de uma importante agenda para indústria da Zona Franca de Manaus (ZFM). Além da assinatura do contrato de gestão do CBA, ele vai presidir a reunião do Conselho Administrativo da Suframa (CAS), com a análise de R$ 727 milhões em investimento e estará na inauguração do Distrito de Micro e Pequenas Empresas (Dimicro).
O Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC (SEV), Rodrigo Rollemberg, ressaltou que a autarquia terá condições de estabelecer parcerias para desenvolver produtos e negócios que beneficiem a região amazônica e o Brasil como um todo, explorando os insumos da biodiversidade através da biotecnologia.
Após a assinatura do contrato, a comitiva de conselheiros do CBA fará uma visita ao Centro para conhecer sua estrutura e discutir formas de estimular o ecossistema de bioeconomia na região, atraindo investimentos e parceiros institucionais. O gestor do Centro, Fábio Calderaro, afirma que essa conquista é resultado de um esforço conjunto que se iniciou há vários anos.
"Este é o fim de um processo que foi iniciado há vários anos e, agora, após um esforço feito a várias mãos, contamos com o entendimento do governo federal que a constituição jurídica do CBA precisava tornar-se uma realidade. A assinatura do Decreto Presidencial 11.516, em 3 de maio deste ano, qualificou a Organização Social que fará a gestão do novo Centro de Bionegócios da Amazônia. A assinatura do contrato de gestão pelo Vice-Presidente Alckmin no próximo dia 25 ratifica o início das atividades do novo CBA", reforça Calderaro.
A assinatura do contrato de gestão é o último passo para a independência jurídica que será gerenciado pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), organização que venceu a concorrência pública realizada pelo governo federal no ano passado. A FUEA atuará em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Para o reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), André Zogahib, a visita do vice-presidente é importante para dar um olhar sobre a Amazônia e permitir o desenvolvimento de pesquisas que possam dar sustentabilidade econômica e social para a região com a compreensão do bioma.
Das três reuniões do CAS realizadas no governo Lula, Geraldo Alckimin participará pela segunda vez. Na pauta está prevista a análise de 42 projetos industriais, de serviços e agropecuários com previsão R$ 727,3 milhões em investimento, geração de 1.006 novos postos de trabalho e faturamento projetado de R$ 4,2 bilhões.
Dos 42 projetos da pauta, 35 são industriais e de serviços, além de sete projetos agropecuários. Entre os destaques estão dois projetos de diversificação da Cal-Comp Indústria e Comércio de Eletrônicos e Informática, da matriz e da filial, ambos para produção de distribuidor de conexões para rede ("switch") e roteador digital, com investimentos projetados de R$ 396,5 milhões e expectativa de geração de 216 empregos diretos, somados.
Também há o projeto de diversificação da empresa Inventus Power Eletrônica do Brasil, para produção de carregador de bateria para "smartwatch" e fontes e conversores, baseados em técnica digital, para bens de informática, com investimento projetado de R$ 20,7 milhões e expectativa de geração de 97 novos empregos diretos.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, expressou a satisfação de todos os envolvidos em ver o CBA funcionando, gerando benefícios para a bioeconomia na Amazônia, apesar das limitações enfrentadas. Ele também reforça que a Suframa continuará disponível para contribuir com o sucesso das atividades do novo Centro de Bionegócios da Amazônia.
O secretário de Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), Radyr Júnior, citou a importância da presença de Geraldo Alckmin na inauguração do Dimicro. Para ele, a visita permitirá um fortalecimento das relações entre a Suframa e a Prefeitura de Manaus. O evento acontece a partir das 14h, no bairro Distrito Industrial 2, Zona Leste.
Radyr afirmou que o início das atividades do Dimicro é uma “reparação histórica” com os pequenos empresários da indústria manauara. O espaço será entregue em plenas condições de funcionamento e passará a abrigar fornecedores de equipamentos para as indústrias, em embalagens, sacos plásticos, biotecnologia, produtos de consumo humano (alimentos), componentistas, dentre outros.
No total, o espaço abriga 28 galpões, sendo dez medindo 235,73 metros; nove com 212,13 metros e outros nove com espaço de 94,78 metros. O Dimicro também conta com áreas comuns, refeitório, sala de qualificação e descompressão, auditório, vestiários e estacionamento.
O Dimicro foi construído em uma zona suframada em terras da Suframa, atrás da Zona Franca de Manaus. É essa parceria que a prefeitura está fortalecendo. A prefeitura de Manaus vai montar o núcleo de consultoria administrativa, jurídica, de negócios com sala de qualificação para que a gente possa formar pessoas para o distrito industrial. Um ambiente totalmente adequado para o crescimento e interação do PIM.