REFINARIA BLOQUEADA

Em Manaus, grupo de manifestantes bloqueia via de acesso a refinaria no Distrito Industrial

A equipe de reportagem de A CRÍTICA flagrou reunião de ao menos 30 manifestantes no local planejando impedir a entrada e saída de caminhões-tanque que abastecem postos de combustíveis no AM e em outros estados da região Norte

Giovanna Marinho
online@acritica.com
08/01/2023 às 20:28.
Atualizado em 08/01/2023 às 22:33

Grupo com ao menos 30 manifestantes planejam impedir a entrada e saída de caminhões-tanque da refinaria que abastece o AM e outros estados do Norte (Foto: Giovanna Marinho/A CRÍTICA)

Um grupo de cerca de 30 manifestantes fechou, na noite deste domingo (08), uma das entradas de refinaria, localizada em  Manaus, que abastece os postos de combustíveis da capital amazonense e vários estados da região Norte. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), insatisfeitos com o resultado das urnas, planejam impedir a entrada de caminhões-tanque.

Em nota, a Refinaria da Amazônia informou que está tomando as providências necessárias para que não haja descontinuidade no fornecimento de combustíveis (veja nota na íntegra no fim desta matéria)..

A equipe de A CRÍTICA acompanhou a reunião do grupo de bolsonaristas, formado por homens, mulheres, crianças e indígenas, e viu a preocupação dos manifestantes em chamar mais pessoas para que as duas entradas da refinaria sejam bloqueadas.

Pelas falas, a entrada e saída de funcionários não será impedida, somente os caminhões com combustíveis seriam barrados.

"O objetivo é bloquear a entrada. Como a gente consegue fazer isso? Tenho uma entrada única desse lado [Av. Mario Andreazza] se a gente colocar as duas fileiras de carros aqui a gente restringe a saída e coloca o pessoal numa faixa ou cordão humano, alguma coisa pra impedir a saída. Na entrada a mesma coisa”, disse um dos manifestantes ao grupo.

“Cinco a dez pessoas de mãos dadas lá a gente consegue fazer um cordão e parar um caminhão-pipa [se referindo ao caminhão-tanque]”, completou.

Uma das manifestantes, que se identificou como “cacica Ramaia” e estava vestida com adereços indígenas. Ela ofereceu ao grupo que se identificavam como indígenas para fazer o cordão humano, afirmando que a Polícia Militar não poderia dispersá-los por se tratarem de indígenas.

As Forças de Segurança do Estado e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) começaram a chegar na, por volta das 17h40, nas ruas que dão acesso à refinaria, após reportagens mostrarem o chamamento de bolsonaristas para o ato.

Agentes da Polícia Militar, Batalhão de Choque, Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Núcleo Especializado de Operações no Trânsito (NEOT), do Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) e PRF ocuparam três pontos. Dois deles estão na Rua Rio Quixito, uma em frente a Reman e outra TAG Base Manaus onde foi formada uma barricada. Outra concentração das forças de segurança estão localizadas na Avenida Ministro Mário Andreazza, onde está a maior parte dos manifestantes.

Nota da Refinaria

A Refinaria da Amazônia informa que está acompanhando o movimento ocorrido neste domingo (8) na frente de sua sede, no Distrito Industrial, e que está tomando as providências necessárias para que não haja descontinuidade no fornecimento de combustíveis.

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