MOBILIZAÇÃO

Professores da Ufam rejeitam greve em 15 de abril e devem ter novas discussões

As mobilizações devem acontecer após o retorno do período de férias, previsto para o próximo dia 22

Emile de Souza
04/04/2024 às 14:56.
Atualizado em 04/04/2024 às 14:56

Reunião aconteceu nesta quarta-feira (Foto: Sue Anne Cursino / ADUA)

A assembleia geral realizada na quarta-feira (03/04), pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), campus Manaus, Parintins, Humaitá e Benjamin Constant, definiu que a mobilização marcada para o dia 15 de abril será adiada e definida depois do período de férias da instituição, que retorna suas atividades no dia 22 de abril, devido aos calendários diferenciados ainda decorrentes da pandemia. 

A reunião aconteceu com os Fóruns Representativos do Conjunto dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE, FONACATE), que pautam alguns motivos para aderir a greve, ainda que em data diferente dos outros estados do Brasil. Entre os motivo, estão reajuste salarial, reestruturação de carreiras, políticas afirmativas, revogação da reforma do ensino médio, revogação da Emenda Constitucional (EC) nº95, que estipula limite para recursos da instituição, defesa da liberdade de cátedra e o livre pensamento e informação garantia da isonomia e da paridade salarial e revogação do marco legal da ciência, tecnologia e inovação. 

Segundo o presidente da Associação de Docentes da Ufam (Adua), Francisco Jacob da Silva, a greve prevista para o dia 15 de abril não foi aprovada, mas outras reuniões estão sendo agendadas. 

“Foi aprovado que não vamos declarar greve em abril, pois estão entrando em férias, que se deve ao novo calendário pós pandemia na Ufam, que estamos cumprindo dois períodos em um semestre e isso torna o nosso ano letivo diferente das outras federais do Brasil. Por isso, vamos nos reunir quando voltar, no dia 22 de abril e realizar um conjunto de atividades, conversar com alunos e explicar a atual situação”, disse o professor. 

O presidente da Adua, contou que as motivações são diversas, mas que o principal intuito é o reajuste de salário e manutenção das atividades na faculdade. 

“Nossos principais motivos são os conjuntos de servidores públicos federais que estão sem reajuste salarial real, pois o reajuste será de zero porcento e agora nós não tivemos aumentos nos governos anteriores, com Temer, Bolsonaro e agora também não conseguimos o aumento significativo com o governo Lula e estamos em busca de melhorias. A perda de poder aquisitivo da categoria é muito grande, os técnicos da Ufam vão entrar em greve dia 18 de abril, pois estamos sem grandes planos de carreira, não tem propostas atrativas para os professores”, informa Francisco Jacob. 

A Adua informou que até o momento, a resposta do Governo Federal às demandas apresenta acréscimo no vale alimentação de R$ 658 para R$ 1000, um acréscimo de 51% no auxílio-creche e no auxílio-saúde – com repercussão financeira em junho  de 2024 e  reajuste salarial de  9%  distribuído em duas parcelas: 4,5% em 2025, e 4,5% em 2026.  

“Considerando que estamos entrando em um período de férias, após termos vivenciado o exercício de três semestres num único ano por duas vezes consecutivas, compreendemos que, neste momento, não temos ainda as condições efetivas para uma deflagração da greve na Ufam, mas que não podemos nos omitir diante da realidade que será consolidada na próxima reunião do Setor das Instituições Federais, em Brasília no dia 10 de abril”, informou Francisco Jacob.

A Adua informou que há um calendário de mobilização pós-férias, com reunião agendada para o dia 26 de abril com os representantes do Conselho de Representantes das Unidades (Crad), reuniões intersetoriais no período de 29 de abril a 03 de maio. Além de realizar, de 06 a 10 de maio, reunião com o Diretório Central dos Estudantes, centros acadêmicos e Sindicato do Trabalhador da Educação (sintesam).

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