OFENSA

Promotor de Justiça compara advogada a uma cadela: "é uma ofensa à cadela"; VEJA O VÍDEO

A fala do promotor de Justiça Walber Luís do Nascimento foi direcionada à advogada criminalista Catharina Estrella, durante sessão de hoje (13) no plenário do Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis

Robson Adriano
online@acritica.com
13/09/2023 às 16:54.
Atualizado em 14/09/2023 às 13:46

(Imagens: Reprodução)

A advogada criminalista Catharina Estrella foi comparada pelo promotor de Justiça, Walber Luís do Nascimento, a uma cadela. A cena, flagrada por filmagens, aconteceu durante a sessão desta quarta-feira (13) no plenário do Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, bairro São Francisco, zona Centro-Sul da cidade, no momento da réplica de argumentação.

Em vídeo gravado pela própria advogada, o promotor afirma durante o discurso em plenário: "compará-la, Vossa Excelência, a uma cadela, de fato é muito ofensivo, mas não a Vossa Excelência, à cadela". Em seguida, Estrella pede pela ordem durante a sessão de julgamento.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) informou que, a princípio, não irá se pronunciar sobre o ocorrido. A Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP), por meio do presidente Alessandro Gouveia, apresentou total e irrestrito apoio ao promotor Walber do Nascimento.

A Ordem dos Advogados Brasileiros no Amazonas (OAB-AM) se pronunciará na tarde de hoje (13), mas já adiantou que membros da Comissão de Direitos e Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB-AM compareceram na sede do fórum para as primeiras medidas e prestar apoio à advogada Catarina Estrella.

MPAM se pronuncia

Em nota, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) se manifestou acerca do ocorrido na sessão do 3° Tribunal do Júri, em que o promotor Walber Nascimento comparou a advogada Catarina Estrella a uma cadela, e informou que está apurando o caso.

“Nesse sentido, [o MPAM] reafirma o seu compromisso com a defesa dos direitos da sociedade, em especial das mulheres, bem como de todas as advogadas do Estado do Amazonas. Além disso, informa que a Corregedoria-Geral do Ministério Público do Amazonas instaurou reclamação disciplinar com o objetivo de apurar os fatos ocorridos”, descreve a nota.

Além disso, o órgão reiterou total respeito à advogada, “assim como a todas as advogadas e advogados e à Ordem dos Advogados do Brasil”, conclui a nota.

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