Decreto de Bolsonaro

Redução do IPI: Wilson e David se unem na defesa da Zona Franca de Manaus

Prefeito de Manaus David Almeida (Avante) e o governador Wilson Lima (PSC) manifestaram preocupação diante do decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)

Portal A Crítica
26/02/2022 às 01:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 14:26

(Foto: Divulgação)

O prefeito de Manaus David Almeida (Avante) e o governador Wilson Lima (PSC) manifestaram preocupação diante do decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (25), que reduz em 25% o Imposto de Produtos Industrializados (IPI). Medida prejudica amplos setores da Zona Franca de Manaus. 

Wilson Lima, governador do Amazonas:

"Entendo a necessidade que o Brasil tem de promover uma reforma tributária profunda. Porém, como governador do Amazonas, me causa grande preocupação a redução linear de 25% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que alcança os produtos fabricados na Zona Franca de Manaus.

Já marquei uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar pessoalmente do assunto. Estarei acompanhado do prefeito de Manaus, de representantes da indústria e dos demais  segmentos econômicos do estado.

Em nome das cerca de 500 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus e das mais de cem mil pessoas que trabalham nas indústrias aqui instaladas e dependem desses postos de trabalho para sustentar suas famílias, vou lutar até o fim para que a medida, tão prejudicial ao povo do Amazonas, seja revogada pelo Governo Federal", afirmou.

David Almeida, prefeito de Manaus

"Com indignação. É assim que recebo o Decreto nº 10.979 publicado na edição de 25 de fevereiro de 2022 do Diário Oficial da União que reduz em 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), sem excetuar a Zona Franca de Manaus (ZFM).

Todas as medidas de incentivo à industrialização no Brasil são muito bem-vindas. Contudo, a decisão do ministro da Economia, Paulo Guedes retira totalmente a competitividade da ZFM, abrindo caminho para que empresas deixem o nosso Polo Industrial. Os produtos, aqui fabricados, passarão a ser importados de outros países. 

Isso significa ameaça real para mais de 100 mil empregos e menos receita para investimentos em saúde, educação, tecnologia e infraestrutura em benefício do nosso povo. 

É inaceitável uma decisão como essa três dias antes do aniversário de 55 anos da Suframa.

Após tanto diálogo e anúncios do governo federal de que a Zona Franca de Manaus não seria prejudicada, o decreto do ministro Paulo Guedes é um punhal nas costas de todos os amazonenses. 

Faz-se necessário nesse momento a união de toda a nossa classe política, empresarial e sociedade civil organizada. 

A decisão é reversível, basta vontade política do governo federal. 

Nosso povo, mais do que nunca, precisa que todos os esforços sejam feitos para que os mais de 100 mil postos de trabalhos do Distrito Industrial não deixem de existir com uma canetada. 

Ciente disso, não medirei esforços para a manutenção das vantagens comparativas garantidas na Constituição podendo, se for necessário, levar o tema ao Supremo Tribunal Federal", disse o prefeito David Almeida.

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