Calor e impactos à vida da população
O calor é uma demanda urgente diante da dificuldade e do desconhecimento que as gestões municipais têm.
(Foto: Arquivo A CRITICA)
A onda de calor intenso no Brasil está sendo pautada nas diferentes mídias e, as abordagens mostram contextos igualmente diversificados dos efeitos da temperatura sobre pessoas, animais, economia. É preciso que o governo do Estado do Amazonas e os governos municipais, principalmente daquelas cidades mais afetadas, tomem providências para lidar com o agravamento da situação.
São mais de quatro meses que a população amazonense vive os impactos agudos dos focos de incêndios e de eventos climáticos extremos, com a seca dos rios. Os danos estão consumados e com a onda de calor se aprofundam. Especialistas da área de saúde alertam em redes sociais e mesmo como personagens de matérias jornalísticas para a necessidade de ações que promovam intensamente os cuidados que a população precisa ter, com reforço aqueles segmentos mais vulneráveis.
O calor é parte da vida das populações do Norte do país e do Amazonas. O que ocorre no presente é a junção de várias questões (devastação da floresta, fogo, seca, fumaça e mais calor) e a repercussão na vida cotidiana. O que está acontecendo, em que pese o humor com que muitos tratam esse momento, é preocupante e exige atenção ampliada por parte dos governos tornando real as iniciativas de cuidado, estabelecendo horários em que os efeitos da temperatura elevada são menores, reforçando novas condutas inclusive de alimentos, socorrendo os que estão impossibilitados de acessar água potável, alimentos, vestuário, remédio e mentalmente transtornados.
Mesmo uma parcela da classe média está atordoada. Há relatos, em grupos do WhatsApp, de pessoas com 60 anos ou mais que passaram mal no dia 14 e, ontem (15), a cidade registrou sensação térmica de 41º. A maioria dos relatos é de mulheres que indicaram dores de cabeça, tontura e irritação além do suor mais intenso. Algumas pessoas relatavam que o ar-condicionado ligado não conseguia melhorar, dentro de casa, a temperatura. Ocorre práticas de automedicação. Todos esses aspectos têm sido listados por profissionais da área da saúde que pedem providências dos órgãos públicos em promover e garantir a atenção à população nos espaços públicos.
A série de acontecimentos climáticos extremos expõe a necessidade de incluir o item nas políticas públicas, antecedidas pelo conhecimento aos estudos e a práticas bem-sucedidas em outros locais.