Como o emocional pode estar boicotando a sua perda de peso

Hoje no blog falo sobre alguns problemas psicológicos ou comportamentos mentais que podem provocar o aumento de peso ou impedir que você emagreça. Leia com atenção e veja como você pode estar boicotando a sua dieta.

Fabrício Lima
Fabrício Lima
26/03/2016 às 18:46.
Atualizado em 24/03/2022 às 22:57

Dias desses, conversando com um amigo que exemplarmente conseguiu emagrecer 34 quilos em pouco mais de um ano, ele ressaltou: você tem antes de tudo que “emagrecer” a mente para depois educar o seu corpo e hábitos, enquanto isso não estiver claro, será uma luta em vão. E sabe de uma coisa? Ele está certíssimo. Por isso, hoje no blog falo sobre alguns problemas psicológicos ou comportamentos mentais que podem provocar o aumento de peso ou impedir que você emagreça.

Um dos maiores bloqueios psicológicos para emagrecer é a ideia de que simplesmente não se tem tempo para se exercitar. Uma coisa que eu sempre falo é que temos tempo para tudo aquilo que damos prioridade. Infelizmente dizer isto não basta, pois quem quer dar desculpas ao seu próprio psicológico sempre terá uma prioridade maior como filhos, trabalho, etc.

A percepção de falta de energia também extermina os objetivos de perda de peso. Uma dieta bem equilibrada, sono adequado e exercícios influenciam os seus níveis de energia.O sono tem um enorme impacto sobre a força de vontade, os níveis de estresse e níveis de energia. Sendo assim, o seu sono deve ser uma prioridade. Estudos mostram que ter uma rotina de sono adequada, ou seja, ter uma hora de dormir e uma hora de acordar, pode influenciar nas suas metas de perda de peso e influenciar na sua energia – especialmente entre as mulheres.

Ao contrário da crença popular, nenhum equipamento especial ou caro é necessário para realizar movimentos extras ou se exercitar. Basta caminhar ou trocar o elevador pela escada, isto já é uma maneira de começar a perder peso.Com criatividade e planejamento, a maioria dos exercícios podem ser realizados até mesmo com o orçamento apertado.

De todas as pessoas que criam metas de perda de peso no ano novo, a maioria fracassa após curtos períodos de tempo. Definir metas realistas e atingíveis podem ajudar a evitar que tudo vá por água abaixo. Defina recompensas para quando atingir determinados objetivos. A criação de um parceiro para prestação de contas também pode ajudar a prevenir essa mentalidade, desde que você esteja totalmente convencido a mudar de estilo de vida. Este parceiro estará lá para incentivar, motivar e inspirar você. 

Esses impedimentos psicológicos para a perda de peso não precisam ditar seu estilo de vida. Eles podem ser superados com a preparação adequada e uma mente positiva. Porém, se mesmo com todo esse foco e esforço o objetivo não estiver sendo alcançado, está na hora de começar a procurar especialistas, pois a não perda de peso pode estar ligado a alguns problemas psicológicos somáticos, como:

1- Compulsão alimentar: faz com que a pessoa coma não por fome ou prazer, mas por ansiedade, apressadamente, ingerindo grandes quantidades em curto período de tempo. Depois, sente-se culpada ou arrependida. Muitas vezes, os portadores desta compulsão estão em uma dieta personalizada, equilibrada e saborosa, mas, repentinamente, começam a comer sem controle, muito depressa e às escondidas. E só param quando estão empanturrados, cansados ou com mal estar. Aí vem o arrependimento, mais ansiedade e o final de mais uma dieta. Se a compulsão estiver presente e não for tratada, inviabilizará todos os esforços de emagrecimento.

2- Depressão: afeta o indivíduo como um todo. Quem está deprimido apresenta, entre outros sintomas, alteração no comportamento alimentar, que pode levar ao ganho de peso. Ele fica sem motivação para a dieta, pessimista e se autodeprecia. Quando a depressão está presente em algum grau no candidato a emagrecimento, deve ser tratada prioritariamente.

3- Ansiedade: é vilã número um das dietas alimentares. Apresenta-se em diversas formas: pânico, fobia social, ansiedade generalizada, agorafobia, estresse pós-traumático, fobias específicas, entre outras. Pessoas tensas, excessivamente preocupadas, com pânico ou medos diversos podem buscar no alimento um ?remédio para seus males, para um estado interno de desconforto indefinido. Hoje, as formas clínicas de ansiedade são conhecidas, pesquisadas, e seu tratamento tem bom prognóstico. É mais fácil tratar a ansiedade do que os males dela decorrentes.

4- Estresse: é comprovado que o estresse tem influência sobre o peso corporal, seja pelo aumento do cortisol circulante no sangue ou da quantidade de alimento ingerida, que passa a atuar como ?mecanismo antiestresse?.

5- Dificuldades sexuais, conjugais, afetivas ou de relacionamento: é sempre importante verificar o que se esconde por trás da obesidade ou do excesso de peso. A gordura pode servir de ?escudo? para evitar relacionamentos, não assumir a própria sexualidade ou mesmo como forma de ?rebelião passiva? a situações conjugais conflitivas. Problemas de relacionamento familiar e social, como timidez excessiva, agressividade social e baixa assertividade, também podem levar a pessoa ao prato.

7- Impulsividade: pessoas que não conseguem adiar a gratificação imediata de um impulso – comer é gratificante em curtíssimo prazo, emagrecimento em médio prazo – são mais vulneráveis a sabotarem a dieta.

Diante de todos esses fatos e dicas, espero que você se conscientize de que querer é poder, sim! O importante é identificar.

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