Em períodos de pouco pasto, o que as vacas fazem?

Em tempos de crise, há um grande espaço para oportunidades, certo? Pode ser que sim. Conseguir sobreviver talvez seja a grande meta a ser atingida. São estes momentos que servirão para identificar aqueles que se destacarão em situações de “melhores ventos”. Dentro deste entendimento, isto pode realmente ser uma grande oportunidade.

JR Santiago
JR Santiago
20/02/2019 às 12:00.
Atualizado em 24/03/2022 às 22:13

Em tempos de crise, há um grande espaço para oportunidades, certo?

Pode ser que sim.

Conseguir sobreviver talvez seja a grande meta a ser atingida.

São estes momentos que servirão para identificar aqueles que se destacarão em situações de “melhores ventos”.

Dentro deste entendimento, isto pode realmente ser uma grande oportunidade.

Sair do “espaço comum” talvez também possa ser o caminho.

Agir conforme a maioria não nos diferenciará.

Embora, não há como negar, possa ser o mais seguro… não quis dizer, o mais inteligente.

A verdade é que tomar a mesma postura da maioria parece servir de conforto e, porque não dizer, de justificativa.

Em caso de fracasso, o erro foi em conjunto, algo que por si só serve de consolo (como se fizesse alguma diferença real).

Já na possibilidade de sucesso, pouco precisará ser explicado, sequer comemorado também, afinal agiu se como a maioria, o óbvio.

O que diferencia um profissional, de outro, ou uma organização, de outra, é o comportamento adotado nos piores momentos, ou não tão bons assim.

Quantas vezes ao presenciarmos desavenças e discussões acaloradas, tendemos a dar razão aqueles que demonstram maior equilíbrio.

Muitos costumamos sequer a entrar no mérito da discussão, como se isso não fosse relevante.

É quase inegável, que o natural de qualquer discussão, é a externalização do aborrecimento.

Ao não cairmos na “vala comum”, nos diferenciamos.

Ganhamos valor (por mais que tenha sempre alguém que não ache e seja a favor de “se mostrar por inteiro”. Desnecessário).

A mesma linha de raciocínio pode ser levada em conta nas situações críticas que suportam nossa atual economia.

A simples redução de custos como ação intrínseca a ser tomada é o óbvia.

Gerir custo é algo perene, e a princípio, justamente por conta disso, toda e qualquer organização já deve trabalhar, quer em tempos de crise ou não, de forma equilibrada e ajustada.

A mote “é hora de apertar os cintos” deveria ser de uma total irrelevância.

Dá a nítida impressão, que em momentos de bonança, os custos não precisam ser geridos de forma adequada.

É verdade que ninguém precisa ter conhecimento sobre a fábula da Cigarra e da Formiga, mas, cá entre nós, tenha a santa paciência!

Por outro lado, também é certo afirmar que em momentos de dificuldades, algo precisa ser feito, novo ar precisa ser respirado, enfim, esperar a escuridão chegar, tendo uma vela em sua mão, parece ser mais do que simples preguiça.

Mas não deixa de ser uma escolha… errada que seja.

Sair do óbvio.

Enfrentar a crise com alguma ação que permita diferenciar.

Sobreviver.

Pensar em como fazer isso também faz parte do pacote, aliás, no mundo em que vivemos, infelizmente, algo que poucos costumam fazer.

Talvez justamente por isso, em tempos de pouco pasto, muitas vacas morrem de fome.

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