EDITORIAL

Reajustes dos preços asfixiam consumidores

Muitos estão deixando parte dos itens da cesta básica de lado pela falta de recursos financeiros e ou de limite no cartão de crédito

acritica.com
18/03/2023 às 12:15.
Atualizado em 18/03/2023 às 12:15

(Foto: Agência Brasil)

 As tabelas de preço dos alimentos, produtos de limpeza pessoal e de ambiente continuam em movimento ascendente. Os reajustes estão desenfreados e provocam reações entre consumidores que costumam comprar esses itens em supermercados e se veem impossibilitados de fazê-lo.

Muitos estão deixando parte dos itens da cesta básica de lado pela falta de recursos financeiros e ou de limite no cartão de crédito. Nas filas dos caixas de supermercados, as conversas giram em torno dos preços altos e do que foi deixado para trás pelos consumidores durante a seleção dos produtos. Outros deixam itens na própria esteira do caixa ao se depararem com valores que não podem pagar. Essa cena é recorrente na atualidade e a maioria dos que pedem cancelamento de itens por falta de dinheiro ou crédito para comprar é de mulheres.

Trata-se de um segmento social que integra a classe média impactada com a sucessão de reajustes de tudo, menos dos salários. Alguns ficaram desempregados e tentam, pela informalidade, manter uma renda, mas a conta não fecha. A postura do setor supermercadista e do comércio de forma mais ampla é a de ativar a máquina das etiquetas colocadas sobre frutas, legumes, leite, café, carne e frango além dos grãos como arroz e feijão. Nas feiras e mercados, a margem de desconto é também pequena, deixando milhares de consumidores sem alternativa.

Apenas um pequeno grupo social, o da classe alta, pode acessar itens de alimentos e de limpeza, com qualidade e bancar os valores cobrados. A situação de dificuldade que a maioria dos consumidores enfrenta pede ações imediatas dos governos estadual e municipal operando mecanismos que possam assegurar a oferta de alimentos e de produtos de limpeza às famílias mais necessitadas, como estímulo maior às feiras, o que também é positivo para os agricultores familiares que passam a comercializar mais seus produtos, ter mais renda e meios de manter a produção.

Esses pequenos produtores espalhados por todo o Amazonas, na Região Metropolitana de Manaus, representam possibilidades reais de reduzir a fome, garantir alimentos nutritivos e podem ser um meio saudável de enfrentar a elevação de preços praticada pelas grandes empresas. Incentivar as feirinhas nas diferentes zonas da cidade é um ato de posicionamento governamental em atenção aos feirantes e aos consumidores.

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