Andrade celebra mensagem em defesa dos povos da Amazônia e mulheres

“Demos o recado que queríamos dar”. É o que afirmou Antônio Andrade, presidente do Boi Garantido, ao fim da primeira noite do projeto “Amazônia do Povo Vermelho” na arena do Bumbódromo, no 55º Festival Folclórico de Parintins. Antônio alega ter visto “uma sinergia enorme entre a galera e a arena, que se comunicaram o tempo todo”. “Foi o esperado”, complementou.

Na avaliação do dirigente do bumbá, cuja noite carregou o subtema “Povo vermelho como brasa”, a retratar os diversos povos originários do bioma, o bumbá exaltou a preservação da Amazônia e da humanidade. “Demos também o recado de que os povos indígenas tem que ser respeitados e não podem ser calados. Eles não podem ser dizimados”, ponderou ele. 

Andrade afirmou que, se os povos indígenas forem dizimados, não haverá mais quem proteja a Amazônia. “Quem protege a Amazônia não é o Boi Garantido. Quem protege a Amazônia são as comunidades indígenas lá no seu lugar. As comunidades quilombolas, os ribeirinhos. Esses povos precisam ser protegidos pelo mundo”, colocou ele.

Andrade aproveitou para falar do momento inovador do touro branco, que trouxe tuxauas mulheres à arena pela primeira vez na história do Festival de Parintins, com o intuito de exaltar a força matriarcal indígena e o empoderamento feminino. 

“Está na hora dos próprios homens tomarem consciência de que não dá mais para ser machista. Além de ser feio, você subjulga as pessoas. Esse grito é de liberdade, de democracia, e o bicampeonato vem aí”, declarou ele. 

Questionado sobre o tempo de apresentação do bumbá – previsto para finalizar com 2h e 15 minutos de espetáculo – Antônio está confiante. O Garantido acabou terminando seu espetáculo com 2h e 30 minutos. “Nós saímos no tempo, não temos perda de ponto aí, não. Só vamos tomar mais cuidado para sairmos mais tranquilos da arena”, completou.

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