Do alto, Caprichoso impacta galera no Bumbódromo na primeira noite do Festival de Parintins
Primeiros minutos da apresentação do bumbá foram marcados por arena cheia, alegorias perfeitas e uso inteligente dos guindastes
Alegoria de Ypuré, a Senhora da Ganância, encantou pela riqueza de detalhes (Foto: Junio Matos)
PARINTINS - O Boi Caprichoso começa a apresentação do alto nessa sexta-feira (30), primeira noite do 56º Festival Folclórico de Parintins. O levantador de toadas Patrick Araújo e o apresentador Edmundo Oran, desceram até a arena do Bumbódromo, trazidos por um grande boi feito de “muitas mãos”, interpretados por um corpo cênico que descia junto com os itens.
No prólogo da apresentação, Oran reforçou no discurso que o bumbá é idealizado e construído por artistas formados na Escolinha de Artes. Patrick Araújo canta a toada “Chama da do Boi 2023/Pode Avisar” e a galera que aguarda o boi entrar na arena canta junto e em ato simultâneo o próprio Boi Caprichoso surge no meio da galera erguido por uma plafatorma.
Patrick Araújo e Edmundo Oran vieram em guindaste (Foto: Márcio Silva)
Para hoje (30) o Boi Caprichoso apresenta o subtema “Ancestralidade: A semente das nossas lutas”. Para o presidente do conselho de arte, Erick Nakanome, o bumbá está preparado e mostrará as origens amazônicas para conseguir o bicampeonato do festival. “Está tudo pronto, sem muitos problemas e vamos a arena com um espetáculo lindo. Queremos mostrar as nossas origens, enquanto amazônidas, negros e indígenas”, declarou.
Caprichoso descendo do alto logo no início da apresentação (Márcio Silva)
A primeira lenda apresentada, Ypuré a Senhora da Ganância, do artista Roberto Reis, abusou dos detalhes e também aproveitou o guindaste para dar dinâmica à alegoria, fazendo com que partes dela "flutuassem" pela arena do Bumbódromo.