Noite de audição do novo álbum embalou galera na sede do Atlético Rio Negro Clube sob comando de Edmundo Oran.
(Foto: Arlesson Siscú)
Entre coros embalados pela torcida e ajustes técnicos, os tambores da Marujada de Guerra do Caprichoso já rufam em compasso de contagem regressiva a pouco menos de dois meses para o 55º Festival Folclórico de Parintins. Na noite desta sexta-feira, o movimento azul tomou conta do Atlético Rio Negro Clube, em Manaus, para mais um tradicional ensaio.
Embalados pela recente marca de mais de 100 mil streams do novo álbum “Amazônia: Nossa Luta em Poesia”. nas plataformas digitais, a Marajuda fez uma noite de audição das novas toadas.
À frente da festa, puxaram o coro Edmundo Oran (apresentador), Márcio do Boi e Paulinho Viana (levantador da marujada em Manaus).
“Já começou a festa”, anuncia a toada que abre o álbum e que caiu nas graças da galera azul e branca: “É Festa de Novo”, de Adriano Aguiar. A mais ouvida desde o lançamento do CD foi também a que abriu oficialmente a noite com a Marujada.
Arrematada em seguida veio “Amazônia: Nossa Luta em Poesia – Manifesto do Povo Floresta”, que empolgou o público na mesma proporção. As duas músicas estão no Top 3 das mais ouvidas da galera desde o lançamento do álbum .
Outra que empolgou foi Maraká’yp, do Pajé. Nos primeiros ensaios fechados do álbum, essa foi uma das que divertiu os marujeiros, revelou o mestre da Marujada, Victor Hugo.
“Essa é uma das toadas que nos ensaiamos, que iniciamos nessa última semana, repetimos bastante. Ela não é tradicional, tem uns arranjos mais arrojados. A gente se divertiu, termina rindo” conta, sem querer revelar muito mais.
A cunhã-poranga do Caprichoso, Marciele Albuquerque aproveitou a festa para fazer uma aparição surpresa - mas como torcedora, brincou - e celebrou o álbum.
“Eu gosto muito de vir para esse ensaio da Marujada, quando posso, para curtir a festa, como torcedora. Estamos todas apaixonadas pelas novas toadas. Eu, claro, adoro minha toada. A Bela Valentina também é maravilhosa”.
Com o Rio Negro tomado pela galera azulada, o presidente do Movimento Marujada em Manaus, Beto Vidal, celebrou a temporada bovina pré-festival - que esse ano foi encurtada devido à pandemia de Covid-19. Tradicionalmente, as festividades na capital iniciam meses antes.
“O calendário tem sido uma correria, mas com uma resposta maravilhosa do público, que tem comparecido e celebrado. Agora já estamos praticamente na reta final desse calendário, faltando pouco mais de 40 dias para o festival”.