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Tripa do Caprichoso há 26 anos, Markinho Azevedo repassa função para o filho

A partir de 2017 a responsabilidade de "dar vida" ao Touro Negro ficará com Alexandre Azevedo

Lorenna Serrão
01/07/2017 às 08:00.
Atualizado em 13/03/2022 às 02:26

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Uma passagem de bastão cheia de confiança, orgulho e amor. Após 26 anos, Markinho Azevedo, que fez história no Festival Folclórico de Parintins como tripa do Caprichoso, foi substituído pelo próprio filho. Este ano, quem dá vida ao Touro Negro na Arena do Bumbódromo é Alexandre Azevedo, que está sendo preparado para assumir essa missão desde 2003. Ou seja, não há dúvidas de que o Boi da estrela na testa segue em boas mãos.

Deixar de ser o condutor do Caprichoso poderia ser algo difícil para Markinho, que há anos se dedica a isso e também à confecção do bumbá. Mas o momento é de orgulho e de muita cumplicidade. A confiança entre pai e filho é sentida no olhar e o amor que eles têm pelo Touro Negro é o mesmo, assim como o talento para bailar. Por isso, mais do que substituir um item, Alexandre tem o papel de dar continuidade a uma paixão antiga e que se renova a cada ano.

“É um amor de filho para pai e de pai para filho. O Caprichoso é o nosso amor, nosso carinho, nossa dedicação, é nosso corpo. Agora, o Alexandre vai ser a alma desse corpo, porque ele vai dar vida ao Caprichoso, e a nossa Galera será o espírito de tudo isso, vai dar vibração e vai passar a energia azul que o Alexandre precisa para fazer um bom trabalho”, comentou Markinho.

Brincadeira de criança

A história de amor pelo Caprichoso começou quando Markinho Azevedo ainda era um menino e brincava de boi na rua Cordovil, em Parintins (a 325 quilômetros de Manaus). O sentimento de criança cresceu e o garotinho, que se divertia como índio e marujeiro, se tornou artesão e tripa oficial do boi da estrela na testa.

Momentos marcantes não faltam. Mas entregar uma das suas maiores paixões nas mãos do filho, com certeza, foi um dos mais especiais.  “O meu filho, Alexandre Azevedo, vai conduzir esse boi com elegância e capacidade. Podem confiar nele, ele dará conta do recado e vai fazer um trabalho sensacional. Vai escrever o nome dele na história do Festival, assim como eu escrevi o meu”, comentou Markinho.

Inversão de papeis

Para alegria da nação azulada, Markinho não ficará longe do Festival, pelo contrário, ele segue ali, bem pertinho do Touro Negro. Em uma inversão de papéis, agora o pai é o substituto do filho e, mais do que isso, é o grande suporte de Alexandre durante as três noites de apresentações no Bumbódromo.

“O meu pai e eu já revezamos na Arena há bastante tempo, eu sou suporte dele, quando não é ele que está na Arena, sou eu. Então, nessa nova fase, ele também é o meu suporte, ele vai estar na Arena comigo sempre, revezando com o boi Caprichoso, até porque eu só confio nele, como ele só confiava em mim”, disse Alexandre.

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