O esquema criminoso envolvia depósitos bancários em contas de pessoas jurídicas, localizadas principalmente em regiões de fronteira do Amazonas, visando ocultar a origem ilícita dos valores.
Mano Kaio e Barriga (Foto: Arquivo A CRÍTICA e Divulgação)
Seis pessoas foram presas no Amazonas durante a segunda fase da "Operação Rota do Rio", deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que combate organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro entre os dois Estados. Além destes, duas pessoas foram presas em São Paulo e uma no Rio.
Dois dos principais alvos são Kaio Wuellington Cardoso dos Santos, conhecido como "Mano Kaio", foragido há sete anos do sistema prisional amazonense e Sílvio Andrade Costa, o Silvinho ou "Barriga", solto em 2022 após ter sido preso em 2021 durante a terceira fase da Operação Nômade, da Polícia Federal de Manaus. Os dois são líderes do Comando Vermelho no Amazonas, após a extinção da Família do Norte. Eles estão escondidos no Complexo da Maré.
Na Maré, uma moradora foi baleada na perna e levada para o Hospital Federal de Bonsucesso. Ao todo, os policiais civis da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) do Rio de Janeiro, estão cumprindo 26 mandados de prisão nos estados do Amazonas, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, onde há o apoio das polícias civis destes estados.
Também estão sendo cumpridos o sequestro de bens e valores relacionados aos investigados, como medida para enfraquecer financeiramente o grupo. Os alvos são pessoas jurídicas e físicas responsáveis pela lavagem de dinheiro da facção Comando Vermelho que atua nos dois, onde movimentou R$ 126 milhões entre 2017 e 2022.
O esquema criminoso envolvia depósitos bancários em contas de pessoas jurídicas, localizadas principalmente em regiões de fronteira do Amazonas, visando ocultar a origem ilícita dos valores.