Preso por estelionato, marido de delegada de Manaus usava arma e viatura policial

Flaviano de Abreu Soares, 35, foi preso preventivamente por suspeita de estelionato nesta quinta-feira, no estacionamento de uma academia no bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul de Manaus. Ele é marido da delegada Reika da Costa Pinto, titular da Delegacia Especializada do Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), e estava portando uma pistola que alegou ser da delegada e uma picape que pertence à PC-AM.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Flaviano é acusado de estelionato ocorrido no no município de Coari, interior do Amazonas. Ainda conforme a PC-AM, durante a prisão, Flaviano teria dito que a esposa estaria viajando de férias, por isso estaria com a picape e arma de fogo da esposa, mas não estaria se passando por policial. 

Flaviano possui antecedentes criminais pela Lei Maria da Penha, que corre em segredo de Justiça e também por estelionato. Em audiência de custódia, o juiz plantonista decidiu por manter o marido da delegada preso no sistema penitenciário amazonense, mas em cela especial.

PRISÃO DUVIDOSA

Por meio de nota, a defesa de Flaviano de Abreu se pronunciou sobre a prisão do cliente e alegou que o verdadeiro motivo da prisão, seria a falta de informação do endereço no processo, além de não achar necessário a prisão preventiva, sem outras justificativas. 

"Chama a atenção a ausência de diligências alternativas para localizar o endereço de Flaviano, mesmo considerando o acesso público às suas mídias sociais e todos os recursos legais existentes para tal finalidade. Formas que poderiam viabilizar sua localização sem a necessidade da medida extrema, prisão", explica a defesa, que finaliza a nota pedindo para que as autoridades revisem a situação do marido da delegada.

E O CARRO DA PC-AM?

Sobre a abertura de uma sindicância para apurar o verdadeiro motivo de um empresário estar utilizando um veículo que pertence a PC-AM nós solicitamos uma nota da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), da Corregedoria Geral e da própria Polícia Civil.

Até o fechamento desta matéria, a corregedoria informou que a solicitação deveria ser encaminhada para o órgão de segurança, o que foi feito, mas até o momento, não respondido. Também questionamos sobre a arma encontrada com Flaviano, por supostamente pertencer à delegada, se ela seria patrimônio do Estado, mas também não fomos respondidos.

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