CONSEQUÊNCIAS DA SECA

100 mil amazonenses já são prejudicados pela estiagem, afirma Governador Wilson Lima

Problemas como a dificuldade de adquirir alimentos, falta de acesso a água potável e perda em lavouras para os produtores rurais estão entre os principais problemas enfrentados no momento

Giovanna Marinho
giovanna@acritica.com
26/09/2023 às 17:58.
Atualizado em 26/09/2023 às 17:58

Reunião do Governador Wilson Lima com o ministro da Integração, Waldez Góes (Foto: Divulgação)

No Amazonas, a estiagem já atinge 100 mil pessoas. O número foi estimado nesta terça-feira (26) pelo governador Wilson Lima (UB). Ele participa de uma agenda de reuniões em Brasília (DF) e durante a manhã alinhou ações humanitárias com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Nas próximas semanas, o governo espera que 70 mil cestas básicas sejam distribuídas para famílias afetadas pela descida dos rios.

Ao todo, segundo o governador, serão distribuídas 300 mil cestas de alimentos com os recursos que serão liberados pelo governo federal. Problemas como a dificuldade de adquirir alimentos, falta de acesso a água potável e perda em lavouras para os produtores rurais estão entre os principais problemas enfrentados no momento. Na reunião também foram debatidas ações para combate aos incêndios que ficam mais intensos em virtude da seca. 

“A gente já tem os nossos brigadistas, bombeiros, homens da Força Nacional, mas a gente ampliar isso. Essa semana será uma semana de reuniões entre as nossas equipes e as equipes desses ministérios e assim também como a força tarefa vai tentar viabilizar algumas situações que podem amenizar o problema no estado do Amazonas”, declarou o governador.

Wilson pediu que sejam adiantados pagamentos referentes a programas como Garantia Safra, Bolsa Família e benefícios do FGTS. Ele pleiteou também o pagamento de emendas parlamentares de senadores e deputados federais e a anistia dos produtores que possuam empréstimos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). 

O ministro Waldez Góes esclareceu pontos sobre a demora para ajuda aos atingidos pela estiagem. Segundo ele, há um processo burocrático que inclui a apresentação de planos de trabalho que esclareçam o destino dos recursos por parte dos municípios e do estado, mas assegurou o governo federal tem corrido para acelerar esses processos. “Não podemos ser vencidos pela burocracia”, pontou Waldez a enfatizar que desde a semana passada os ministérios se movido para tratar sobre a questão climática no Amazonas que já tem dado sinais de alerta desde agosto.

“Estamos unidos. O presidente Lula autorizou eu e a [ministra] Marina, a anunciarmos a força-tarefa do governo federal para juntos dezenas de ministérios atuarmos juntos ao governo do estado do Amazonas e as prefeituras e estão sofrendo com a situação de emergência. A prioridade nossa é ajuda humanitária: alimentos, água, kits de higiene, saúde, tudo que está relacionado a sobrevivência das pessoas, depois tem as questões estruturantes, sobretudo sobre a questão das mudanças climáticas”, disse o ministro.

Marina Silva enfatizou que os eventos climáticos extremos atingem não somente o Amazonas, uma vez que o Rio Grande do Sul está em situação de emergência por conta da chuva. Segundo ela, o estado do Acre também caminha para uma seca histórica.

“Nós estamos trabalhando em cima do emergencial, mas o MMA trabalha para combater estruturalmente o problema. Vamos trabalhando na direção de reduzir desmatamento, reduzir queimadas, conseguimos uma redução do desmatamento de 48% nesses primeiros 8 meses conseguimos uma redução de queimadas de 25% no estado do Amazonas e nos municípios que mais desmatam, que algo em torno de 9 municípios, estamos fazendo um trabalho focado para retirar as coisas que não podem e estimular o que pode com a bioeconomia, fazendo o processo de regularização fundiária onde é possível fazer essa regularização e incentivando o aumento de produção por ganho de produtividade e não mais por expansão predatória da fronteira agrícola”, declarou a ministra.

Ainda nesta terça-feira, o governador vai se reunir com equipes do governo federal e do Ministério da Defesa que deve ajudar na logística dos alimentos para os municípios atingidos pela seca. À tarde, Wilson também conversa com os ministros dos Transportes, Renan Filho e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

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