Problemas como a dificuldade de adquirir alimentos, falta de acesso a água potável e perda em lavouras para os produtores rurais estão entre os principais problemas enfrentados no momento
Reunião do Governador Wilson Lima com o ministro da Integração, Waldez Góes (Foto: Divulgação)
No Amazonas, a estiagem já atinge 100 mil pessoas. O número foi estimado nesta terça-feira (26) pelo governador Wilson Lima (UB). Ele participa de uma agenda de reuniões em Brasília (DF) e durante a manhã alinhou ações humanitárias com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Nas próximas semanas, o governo espera que 70 mil cestas básicas sejam distribuídas para famílias afetadas pela descida dos rios.
Ao todo, segundo o governador, serão distribuídas 300 mil cestas de alimentos com os recursos que serão liberados pelo governo federal. Problemas como a dificuldade de adquirir alimentos, falta de acesso a água potável e perda em lavouras para os produtores rurais estão entre os principais problemas enfrentados no momento. Na reunião também foram debatidas ações para combate aos incêndios que ficam mais intensos em virtude da seca.
Wilson pediu que sejam adiantados pagamentos referentes a programas como Garantia Safra, Bolsa Família e benefícios do FGTS. Ele pleiteou também o pagamento de emendas parlamentares de senadores e deputados federais e a anistia dos produtores que possuam empréstimos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
O ministro Waldez Góes esclareceu pontos sobre a demora para ajuda aos atingidos pela estiagem. Segundo ele, há um processo burocrático que inclui a apresentação de planos de trabalho que esclareçam o destino dos recursos por parte dos municípios e do estado, mas assegurou o governo federal tem corrido para acelerar esses processos. “Não podemos ser vencidos pela burocracia”, pontou Waldez a enfatizar que desde a semana passada os ministérios se movido para tratar sobre a questão climática no Amazonas que já tem dado sinais de alerta desde agosto.
Marina Silva enfatizou que os eventos climáticos extremos atingem não somente o Amazonas, uma vez que o Rio Grande do Sul está em situação de emergência por conta da chuva. Segundo ela, o estado do Acre também caminha para uma seca histórica.
Ainda nesta terça-feira, o governador vai se reunir com equipes do governo federal e do Ministério da Defesa que deve ajudar na logística dos alimentos para os municípios atingidos pela seca. À tarde, Wilson também conversa com os ministros dos Transportes, Renan Filho e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.